@@@ Circula nos dias de final zero |
Jornal on-line de opinião Fundado em 15 de abril de 2004 A diagramação é boa com tela maximizada |
O Concorrente |
Hoje é |
Equipe Aqua Ano 1, Nº 11 \ São Paulo, 20 de julho de 2004 |
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Besta atacada |
A "revolução juvenil" como opção |
Touro acuado ataca homem no Festival de São Firmino, em Pamplona, na Espanha. Algo parecido com a farra do boi em Santa Catarina. Cada um, cada um, mas quem sofre é o animal. PraServir Em plena campanha política, Marta Suplicy não acerta o posto de atendimento da PMSP, o PraServir. Foi inaugura-do em 02/7 e ainda são comuns esperas de 2 horas em filas. Até agora a novidade a nin-guém tem servido, nem mesmo à campanha. |
Os poderes constituí-dos subjugam-se ao ca-pital internacional e as formas atuais de gover-no dão mostras que não servem para estabele-cer e regular o bem co-mum. São egoístas e privilegiam as minorias possuidoras do dinheiro. A monarquia absoluta, o império, o comunismo e até a democracia torna-ram evidente, ao longo da história, que ao povo restam o conformismo, a revolta ou a pobreza. Neste aspecto, a demo-cracia tem sido mestra em fazer com que os pobres se transformem em miseráveis, através do neoliberalismo e da total falta de ética dos políticos. |
George Orwell, em A Revolução dos Bichos, mostra que os proble-mas sociais não têm origem nem solução no regime político vigente. Eles fazem parte do e-goísmo humano, da ga-nância sem limites e do cerceamento das liber-dades. Hoje vivemos um cer-ceamento velado, im-posto pela denominada censura econômica, on-de o dinheiro que paga a propaganda cala o direito de expressão. O recente e lamentável e-pisódio entre Jorge Ka-juru e a TV Bandeiran-tes é um bom exemplo disso. Por falar o que pensa, o jornalista foi demitido no ar, embora |
dissesse apenas a ver-dade. Nesse quadro, são bem-vindas forças que auxiliem a população a combater os excessos e desvios do poder domi-nante. Para isso se prestaria a mídia, se também ela não esti-vesse na mão dos se-nhores do dinheiro, qui-çá com maior ganância, parcialidade e desvios éticos. O que resta aos mor-tais que pagam impos-tos? Da juventude vem uma esperança. Em Fortaleza e Florianópolis os estudantes rebelam-se contra o aumento a-busivo de passagens de ônibus e vão às ruas. Fazem passeatas ordei- |
ras e mostram que não aceitam ser esbulhados. Organizam-se por meio da Internet através do site midiaindependente e, livres de opressão e censuras, exigem me-lhores condições sociais. Pregam a “revolução ju-venil” que, sem pôr mãos em armas, tem conseguido o apoio da população para suas idéias e lutas. E chegam à vitória, pois as passa-gens não aumentaram. Um bom exemplo de co-mo espantar o comodis-mo e o conformismo. O chavão de que o vo-to é a arma da demo-cracia, já não é suficien-te. É preciso liderança, organização e manifes-tação pacífica. |
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Os dez milhões ainda possíveis |
Bandeira queimada |
Um avião em |
A geração de empregos no primeiro semestre deste ano foi recorde. O ministro do tra-balho anunciou quase 1 milhão (exatos 826.700), o que anima e permite vislumbrar dias me-lhores. Lula prometeu 10 milhões em 4 anos. No primeiro nada criou, ao contrário aumentou o déficit, o desemprego. Foi a-lém, com a política recessiva dos juros altos impediu que a máquina produtiva crescesse sozinha e gerasse novas va-gas. Agora, com a mesma política de atar as mãos de quem quer produzir, são sur-preendentemente anunciados novos postos de trabalho. |
Pelos números divulgados é até admissível que Lula venha a cumprir sua promessa mais importante de campanha. Fa-çamos as contas. Se num só semestre foram criados quase 830 mil empregos com o go-verno jogando contra, é pos-sível que com os cinco que faltam se chegue beirando aos 5 milhões. Admitindo que o banqueiro Meirelles reduza os juros e autorize o presidente a anunciar efetivo crescimento, pode-se chegar ao tão prome-tido “10 milhões”. Basta dar uma “forcinha” à construção civil, ao saneamento básico e ao setor rodoviário. Nada tão difícil nem tão distante. |
Brasileiros promoveram manifesta-ções nas capitais, em 17 último, para protestar contra a política econômica do governo. Em Brasília, foram queimadas bandeiras junto ao Ministério da Fazenda, com as inicias do FMI (Fundo Monetário Internacional) e as cores norte-americanas, como demonstração de revolta pela interferência do hemisfério norte no Brasil. Aos poucos a população to-ma consciência de que o poder é muito complicado. |
troca da BR-101 Carlos Brisola Marcondes Foi uma coincidência interes-sante que na mesma sessão em que foram destinados R$ 150 milhões para o avião do presidente foram também cor-tados R$ 160 milhões para a duplicação da BR-101. A partir de agora, os catari-nenses, gaúchos e outros que perderem seus familiares nes-sa "estrada da morte" poderão olhar para cima e ficar felizes ao ver o nosso presidente pas-sar, seguro e tranqüilo, em seu avião. Certamente se lembrarão disso nas eleições. |
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