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Circula nos dias de final zero

Editor

Antônio Linus Rech

O Concorrente

 Hoje é  

Jornal on-line de opinião * Ano 1, Nº 3 * 30 de abril de 2004

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Democracia sob suspeita

Nos primeiros dias deste mês, mulheres de militares ostentaram cartazes em Brasília que fizeram corar o mais pacífico democrata: “Prefiro qualquer regime a morrer de fome nesta democracia” e “Não vamos morrer de fome com fuzil na mão”. As esposas faziam protestos, reivindicando aumento para o soldo de seus maridos que não podem se manifestar publicamente.

Seria fato isolado sem justificar destaques, não fosse um relatório publicado agora pela ONU. No estudo “A Democracia na América Latina”, realizado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), é divulgado que 54,7% de latino-americanos entrevistados apoiariam um governo autoritário, se ele resolvesse os problemas econômicos. Surpreende também que 58,1% concordam que o presidente vá além das leis e 56,3% crêem que o desenvolvimento econômico seja mais importante que a democracia. 

No Brasil, a massa eleitoral que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, não foi suficiente para que ele tivesse coragem e enfrentasse adversidades políticas e econômicas em favor do país. Agora, o caminho para ações efetivas está mais do que aberto. Não há clima para golpes políticos nem lideranças para tanto, mas é de se perguntar: Teria Lula pulso suficiente para ousar um pouquinho? Há quem esteja convencido que não.

Poderes

Gaúchas

Concursos de beleza não existem apenas há 50 anos, como divulgam os atuais organizadores do Miss Brasil.

Fabiane

Fabiane Niclotti, gaúcha eleita neste 2004 como a mais linda do país, foi precedida por uma conterrânea de Pelotas, no distante ano de 1929. Iolanda Pereira foi a primeira mulher a representar o Brasil em concurso internacional de beleza. Detalhe: ela venceu também o Miss Universo, o que seria repetido por outra gaúcha em 1963, Ieda Maria Vargas. Também é dos pampas a única Miss Brasil negra. Deise Nunes foi escolhida em 1986.

Nas últimas décadas, a imprensa foi dita o Quarto Poder por sua capacidade de influência na administração de um país. Assis Chateaubriand (Diários Associados) e Roberto Marinho (Globo) foram exemplos marcantes no Brasil. Hoje, rebatizados com o termo “mídia”, os meios de comunicação social são promovidos ao segundo lugar.  A ordem de mando na sociedade organizada está informalmente definida como: O Capital, a Mídia, o Poder Executivo e depois o Legislativo e o Judiciário.  Esta classificação é confirmada pelo estudo do PNUD, onde consta que 79,7% dos entrevistados concordam que os grupos econômicos, financeiros e empresariais mandam no país.

Já 65,2% admitem que em segundo lugar vem a mídia e, em terceiro, com 36,4%, o Poder Executivo. A pesquisa abrangeu 18 países da América Latina.

Aqui, governos têm se curvado aos homens do dinheiro e aos donos da palavra, mas pode ficar ainda pior. As armas de guerra encontradas nas favelas do Rio e o poder paralelo pretendido pelo crime organizado, dão mostras que uma nova força quer se impor.

Que os cinco poderes fiquem alerta!

Desportista?

Geninho, treinador do Vasco da Gama, manda seus atletas baterem e depois diz que não disse.

É emocionalmente despreparado e não deveria pertencer ao mundo esportivo!

Armas nucleares

O Brasil deve fabricar a bomba atômica? Adeptos do armamento nuclear argumentam que defesa nacional é coisa séria. Não dá para ser “anjinho”, enquanto as grandes potências continuam se armando, apesar do TNP (Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares), do qual o Brasil é signatário.

 

Rússia e China são mais respeitadas que os outros países pelo grande império americano, não só por suas capacidades econômicas, mas por terem a bomba. Quem afirma é Condolessa Rice, Assessora para Segurança da Casa Branca.

 

Independente da competência que tenha o Brasil para avançar nesta idéia, vale lembrar um ditado latino: Si vis pacem para bellum (Se queres a paz, prepara a guerra).

FMI, o médico

O indiano Raghuram G. Rajan, economista chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional) diz à Veja deste 28/04: “Da mesma maneira que um médico que cuida de um paciente não pode ser acusado de causar sua doença, o FMI não é o culpado pelos problemas dos países que tenta ajudar”.

Ah! bom, então tá.

Justiça com as próprias mãos

A população de Ilave (1.300 km a sudeste de Lima, Peru) depôs seu prefeito a pau, literalmente. Cirilo Fernando Rodo foi retirado do gabinete de trabalho e arrastado até a rua por populares. Os descontentes o espancaram até a morte pelo não cumprimento de promessas de campanha e pela corrupção existente no governo municipal.

Se a moda pega no Brasil, teremos "justiça" em três níveis!

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