Editorial 18 |
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Uma luz no fim do túnel
A obra é sonhada desde 1852, quando o país vivia sob o Império. D. Pedro II mandou executar os primeiros estudos e até o momento, tudo que existe sobre o assunto são planos, projetos e discursos. O governo Lula é o primeiro a acenar com algo concreto, alocando verbas para o próximo ano. Não é segurança alguma – alocação de verbas - devido a pouca credibilidade administrativa passada pelos governantes federais, habituados a cortar rubricas orçamentárias des-tinadas ao saneamento básico e a rodovias. O Presidente declarou em outubro de 2003: “Vou acabar essa transposição na marra, nem que seja com lata d’água na cabeça”, e isso parece ser sua efetiva intenção. É um bom indício. Abstraindo a capacidade do Presidente para utilizar metáforas e construir frases de efeito – sem efeito prático nenhum, exceto ganhos políticos pessoais – vamos aceitar que tudo é verdadeiro e que o orçamento seja aprovado e realizado com o valor proposto. Apesar de estarmos em plena campanha eleitoral nos municípios, aflorando in-verdades de todos os lados, de qualquer partido ou candidato, sendo anunciado um crescimento econômico não tão grande quanto o dizem, ainda assim, demos um voto de fé ao que foi anunciado. Que efetivamente em 2005 se iniciem as obras. Espera-se, no entanto, que trabalho dessa envergadura seja executado por empresas nacionais, tão ou mais competentes nesse ramo que as de outros países. É desejável e absolutamente necessário que, depois de con-cluído o projeto, o controle fique com o governo para garantir questões de soberania. Nada de concessões ou PPP (Parceria Público-Privada), abrindo as portas a exploradores estrangeiros.
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