Editorial 5 |
|
Outros editoriais Primeira Página Crescendo com o Saneamento Básico Não é preciso ser exímio economista, talvez nem precise ser economista, para constatar que a geração de novos empregos é possível, dependendo apenas de vontade política. Bastaria ativar a construção civil para solucionar várias das dificuldades sociais do país, passando não só pela redução do desemprego como também pelo aquecimento de praticamente todos os setores da cadeia produtiva. A edificação de casas traz consigo a redução da sub-habitação, seu maior objetivo, e movimenta grande parte da indústria nacional. Aumentam a fabricação de tijolos, cimento, portas, janelas, cerâmicas e por aí a fora. Estes setores terão aumento de mão-de-obra e reduzirão o desemprego, tal como a indústria da construção civil de forma direta. Por traz das empresas manufaturadoras, crescem os produtores de matéria prima, como aço, pigmentos, plásticos e tantos outros. Cada um deles, gerando novos empregos. Quer dizer, reduzir o desemprego é uma questão de vontade. Disse recentemente o presidente do país que "não querem deixar o Brasil crescer", referindo-se às potências internacionais, especialmente ao Canadá com quem é travada uma guerra pela disputa do mercado internacional para nossos aviões e nossa carne. Ainda que um tanto tardiamente, parece que alguém está querendo enxergar o óbvio. Basta agir. Possibilidades existem. Em meio a este cenário, abre-se um caminho gigantesco para o ramo da construção civil. Está vinculado ao saneamento básico e irá movimentar a economia nacional. Trata-se da transposição do Rio São Francisco que tem como fim principal irrigar o Nordeste. As obras de engenharia irão abrir 5.000 postos na região para irrigar, até o final do projeto, 140 mil hectares de terra, hoje, improdutiva. Esta obra pode gerar 184 mil novos empregos na zona rural, a mais pobre do Brasil. Até 2005, prazo para conclusão da primeira etapa, os rios transpostos vão evitar um colapso no sistema de abastecimento do Nordeste. Com o aumento da oferta, é prevista a diminuição das 14 mil internações hospitalares anuais na região, ocorridas por problemas de contaminação ou falta d’água. Associe-se a todos estes ganhos, o crescimento das empresas que estarão direta ou indiretamente envolvidas neste volumoso projeto e teremos a dimensão de quantos problemas poderão ser resolvidos. Mais saúde ao povo, redução do desemprego, crescimento econômico e muitos outros benefícios. Espera-se que não fique apenas no projeto, como vem ocorrendo há décadas. Que haja mais do que vontade política. Que se faça! - 5-11.02.2001 Para comentar este assunto clique aqui! Outros Editoriais Primeira Página
|