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Publicada em 11/11/2003

Apesar da chuvas, racionamento em Caracas continuará por mais três anos.

A capital da Venezuela sofre com o racionamento de água há três anos e continuará por mais três, apesar de condições menos severas nos últimos meses.

As intensas chuvas que se registraram nos últimos cinco meses melhoraram as condições das represas que abastecem Caracas. Seus níveis têm se recuperado mais do que o esperado. Hidrocapital, a empresa responsável pelos serviços de água, admite que o racionamento continuará por, pelo menos, mais três anos, mas será menos severo.

A represa de Camatagua, que abastece mais de 50% da  Capital, subiu 7,5 metros e "nós tínhamos calculado que subiria uns 5 metros apenas", afirmou a presidenta da Hidrocapital, Jaqueline Faria. Segundo explicou, o nível da represa subiu nestes cinco meses mais do que nos últimos três anos, quando se registrou uma temporada de seca severa.

A presidenta anunciou que graças a recuperação moderada das represas, será flexibilizado o cronograma de racionamento de água, a partir da primeira quinzena de dezembro.

"Atualmente existem regiões que recebem água de forma intermitente e até uma vez por semana, porém a partir da primeira semana de dezembro esse cronograma será modificado", explicou Faria. Além disso, anunciou que nos dias de festa de final de ano (24, 25, 31 e 01 de janeiro) o abastecimento de água na Capital não será suspenso.

Os habitantes da região metropolitana de Caracas estão há três anos com racionamento por causa dos baixos níveis das represas. Os níveis mais críticos se registraram em março deste ano, quando então foi implantado o cronograma atual (rodízio).

A empresa Hidrocapital atende a mais de 300 mil ligações de água na Grande Caracas. Como meta, "a empresa quer faturar a água dos 300 mil clientes nos próximos anos e, ao mesmo tempo, assegurar serviços com qualidade superior", disse Faria.