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Publicada em 05/02/2007

Águas do Rio Uruguai contém veneno

Foram encontradas elevadas concentrações de amônia, fenóis, fosfatos e sulfetos fazendo parte dos poluentes que contaminam o maior rio gaúcho. A causa são os pesticidas agrícolas.

O Rio Uruguai, que serve de fronteira entre o Brasil e a Argentina, tem águas contaminadas por níveis elevadíssimos de componentes químicos usados na fabricação de pesticidas agrícolas e adubos químicos, segundo informa a EcoAgência. A constatação foi feita por equipe do curso de Biológica da URCAMP (Universidade Regional da Campanha), em pesquisa sobre a qualidade das águas do maior rio gaúcho, iniciada em fevereiro de 2006 e que vai até maio deste ano.

De acordo com Luiz Carlos Santos Porto, médico coordenador do projeto, foram encontradas concentrações de amônia, fenóis, fosfatos e sulfeto, bem acima dos valores máximos referidos pelo CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) . Nos dois pontos de coleta, um no meio do rio e outro na margem brasileira, a concentração de amônia apresentava valores da ordem de 0,4, cem vezes mais do que o aceitável que é 0,02. Já a concentração de fenóis é mil vezes maior do que a permitida, ou seja, a pesquisa constatou 0,5 e 0,2 enquanto o normal é 0,002, o mesmo acontecendo com o sulfeto que aparece na concentração de 1,2 e 1,1, sendo aceitável 0,002. Os fosfatos aparecem em níveis de 3,6 e 1,4 para um recomendável de 0,025, ou seja, 100 vezes mais.

Porto explicou que os parâmetros seguidos pela pesquisa em 14 coletas quinzenais de amostras levaram em consideração a classificação das águas no Brasil, definidas no artigo 5° da Resolução N° 20 do CONAMA. A presença destes produtos é decorrente da utilização de venenos e adubos químicos na agricultura praticada na região.

Segundo ele, a análise microbiológica constatou ainda a presença de coliformes fecais, Escherichia Coli e Salmonella. A elevada concentração destes agentes patogênicos - número superior a oito por decilitro - deve-se à contaminação das águas pelo esgoto das populações ribeirinhas e suas criações de animais.

A pesquisa é financiada pela FASPERGS (Federação de Amparo a Pesquisa do Rio Grande do Sul) e está sendo realizada por uma equipe de cinco cientistas da URCAMP.

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