Água mais pura do mundo

pode estar ameaçada

O Lago Mashu seria contaminado pelo ar

O Lago Mashu está nas montanhas de mesmo nome, no Japão. O pico mais alto da Serra do Mashu tem 857 metros de altitude e o lago ocupa a cratera de um vulcão extinto.

Suas águas são tidas como as mais puras do globo terrestre.  A profundidade maior atinge 212 metros e o comprimento é de 21 quilômetros. Não é permitido o contato do homem, para preservar a pureza. O lago é considerado um santuário natural.

Quimicamente, a água tem Ph 7,0 (o zero depois da vírgula, indica precisão absoluta no valor encontrado), o melhor possível. O índice de poluição, medido freqüentemente, é zero. É aceita como pura no sentido pleno da palavra.

A superfície é extremamente serena e de cor azul intenso. Por isso foi criado o termo "azul mashu".

A pureza do lago se explica por sua origem. Não há rios ou córregos que o formem. Isso traria contaminações do solo, de folhas, de material orgânico. Existe um só veio d'água que seria um contribuidor, mas ele se infiltra no solo alguns metros antes de atingir o lago, filtrando-se naturalmente. O Mashu é formado pela chuva e por águas que brotam do fundo à temperatura aproximada de 40 graus centígrados. Essa temperatura se mantém apenas nas proximidades de onde nascem. As águas vindas do subsolo são purificadas pela terra.

Embora toda pureza apontada pelos especialistas, alguns poluentes trazidos pelo ar foram encontrados. O alfa BHC, um agrotóxico proibido no Japão em 1965, foi encontrado em análises feitas na água do Lago Mashu. As anotações permanentes permitiram verificar que, a partir da proibição de uso, o níveis do contaminante começaram a cair, tendendo a zero. Como não existe contato externo com o lago, os especialistas atribuem a contaminação ao ar. O ventos traziam o agrotóxico. Há preocupações dos técnicos que outros tipos de agrotóxicos possam voltar a poluir as águas do lago.

As autoridades japonesas mantém severa e permanente vigilância para assegurar a pureza desse santuário natural.