Equipes da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo)
flagraram na manhã da última sexta-feira (12/05) um furto de água no
barracão da Império da Casa Verde - escola tricampeã do Carnaval de
São Paulo - a última delas em 2016. Durante a Operação Caça-Fraude
realizada em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, técnicos
confirmaram que o imóvel consumia água através de uma ligação
irregular, sem hidrômetro.
A ligação abastecia também oito vizinhas ao galpão. A estimativa é que
tenham sido furtados mil m³ (1 milhão de litros) de água nos últimos
12 meses. Esse volume seria suficiente para abastecer uma cidade de 8
mil habitantes, por um dia. Um funcionário do barracão e uma
representante dos moradores vizinhos foram detidos em flagrante e
encaminhados à 13ª Delegacia de Polícia (Casa Verde) para registro da
ocorrência. A escola de samba terá de pagar pelo volume de água que
desviou.
Esse é o segundo flagrante de furto de água da Império de Casa Verde.
Em agosto de 2014, durante a pior seca da história de São Paulo, um
representante da escola de samba foi preso por fraudar a medição de
consumo de água na quadra principal da agremiação.
A fraude prejudica toda a população. Quem comete o crime não se
preocupa com o desperdício, pois acredita que não irá pagar pelo alto
consumo. É comum entre fraudadores deixar torneiras abertas e não
consertar vazamentos. Em casos de irregularidade, os proprietários ou
representantes dos imóveis são convocados para prestar esclarecimentos
para a polícia, com respectiva abertura de inquérito para investigar
os responsáveis pelo furto.
Furto é crime previsto no Artigo 155 do Código Penal, que prevê de um
a quatro anos de reclusão, pena que sobe para até oito anos de cadeia,
caso haja qualificação. Um exemplo de qualificação é a participação de
duas ou mais pessoas ou destruição de equipamentos.
Para identificar esse tipo de crime, a companhia estadual trabalha com
as equipes de caça-fraude, que acompanham o consumo e vistoriam os
imóveis. Além disso, conta com a colaboração dos próprios moradores,
que podem relatar casos suspeitos pela Central de Atendimento (195) ou
pelo Disque-Denúncia (Telefone 181). A chamada é gratuita e não exige
a identificação de quem telefona.
Somente em 2016, foram detectadas mais de 25 mil fraudes na Grande São
Paulo, com estimativa de 3,8 bilhões de litros de água furtados.
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