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Publicado em
08/03/2014 e republicado em 17/03/2014.
“Pode faltar água em São Paulo” é
notícia mal conduzida
As notícias recentes da possível
implantação de abastecimento alternado (rodízio) na capital paulista
não espelham a verdade por inteiro.
A Sabesp (Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo) publica em seu site que o abastecimento
de água na Capital passa por crise, devido ao baixo nível do Sistema
Cantareira. Segundo a maior empresa de saneamento da América, restam
apenas 16,6% de suas reservas naquele sistema, provocando “a maior
crise hídrica de sua história”.
Por conta disso, a estatal lançou programas
de premiação a quem economize água e faz remanejamentos, envolvendo os
demais sistemas, para reduzir a captação na Cantareira. Com tais
medidas, espera retirar menos 10% do que vem fazendo, dando um
“alívio” para recuperação do manancial.
Por outro lado, os grandes
jornais da Capital anunciam em manchetes que os níveis estão abaixo de
16%, como faz o Estadão, a Folha e outros, tanto na versão impressa
quanto em seus sites. Eles, como o rádio, seguem a cantilena da empresa estadual e erram,
dizendo que esta é a maior “crise da história”, ou dos “últimos 40
anos”.
A verdade é restabelecida
ao se pesquisar em publicações especializadas. Em
De Olho nos Mananciais, vinculado à ONG
Espaço.org, lê-se que “Em novembro de 2003, o momento mais crítico
deste período, o Sistema Cantareira atingiu o alarmante nível de quase
1% (um por cento) de armazenamento e colocou em risco o abastecimento
público de quase metade da população da RMSP”(1).
Aqui mesmo no
Aqua,
noticiamos em
10.11.2003,
que “poderão receber abastecimento intermitente (rodízio) os 9,0
milhões de pessoas abastecidas pelo sistema Cantareira, que ontem
operava com 3,8% de sua capacidade”.
Resta saber a quem interessa
conduzir erroneamente.
(1) RMSP: Região
Metropolitana de São Paulo.
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:
Primeira Página |
Folha de S. Paulo
esclarece:
Questionado, o
jornal Folha de S. Paulo prestou os seguintes
esclarecimentos:
"Ao
operar com cerca de 16% da sua capacidade, o sistema
Cantareira está com o menor volume útil desde 1974, quando
foi criado. Ocorre que, em 2003, a Sabesp (companhia de
saneamento do Estado) não considerava em sua divulgação a
chamada reserva técnica (que era de 20%) e informava apenas
o volume acima desse percentual. Essa metodologia foi
alterada em 2004. Assim, quando vemos registros de que o
sistema operou em 2003 com volume de 1% da capacidade,
podemos considerar que esse índice corresponderia a 21% pela
metodologia atual. Portanto, o sistema vive hoje a sua pior
crise. Atenciosamente, Daniela Mercier,
Redatora de
Cotidiano".
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