07/03/2017.
Transposição do São
Francisco já é realidade e motivo de disputa política
A Transposição do São Francisco,
oficialmente denominado Projeto de Integração do Rio São Francisco,
teve seus primeiros estudos em tempos imperiais.
Hoje, já beneficia
parte de um todo e pretende erradicar o eterno problema da seca
nordestina.
Canal de transposição do Eixo Norte
Serão beneficiados 12 milhões de pessoas
em 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio
Grande do Norte, além de 294 comunidades rurais às margens dos canais,
cujas obras tiveram início em Julho de 2007.
A iniciativa política e efetiva foi
determinada pelo governo de um nordestino conhecedor da seca, após
volumosos recursos gastos em estudos e projetos que não saíam do
papel.
Os dois eixos (Norte e Leste), quando
concluídos, possibilitarão captar a água do Rio São Francisco, que
percorrerá 477 quilômetros de canais. O projeto abastecerá adutoras e
ramais que irão perenizar rios e açudes para abastecer os municípios.
A obra completa engloba a construção de
nove estações de bombeamento, 27 reservatórios, quatro túneis, 13
aquedutos, nove subestações de energia elétrica e 270 km de linhas
transmissão.
As 294 comunidades rurais serão
beneficiadas por meio de sistemas de distribuição de água. Os sistemas
vão captar a água do canal para chegar até os 78 mil habitantes
próximos aos eixos, sendo 12 comunidades quilombolas, 23 etnias
indígenas e nove assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra). As infraestruturas fazem parte dos 38
programas socioambientais desenvolvidos pelo projeto.
Estes sistemas de distribuição de água
serão executados pelos governos dos estados, com apoio financeiro do
Governo Federal e o fornecimento de projetos executivos elaborados
pelo Ministério de Integração acional.
Para tanto, foram firmados termos de
compromisso entre o Ministério de Integração e os governos estaduais
de Pernambuco, Ceará e Paraíba para a implantação, operação e
manutenção das infraestruturas de abastecimento.
Política - Com o início de
utilização do Eixo Leste, em Janeiro de 2017, estabeleceu-se uma
guerra política pela paternidade da obra. Governos anteriores ao
início da construção dos canais têm declarado sua participação como
executores, o que não é verdade. Basta confrontar o ano de início
(2007 - Governo Lula) com o período do mandato de quem se
declara o pai da obra.
Por meio de sua assessoria de imprensa,
a ex-presidente Dilma Rousseff afirma, em nota distribuída hoje
(07/03), que as obras da Transposição do Rio São Francisco nunca
estiveram paradas em sua gestão, ressaltando que a transposição “teve
quase sua totalidade construída e concluída no governo da
ex-presidenta”.
Na próxima quinta-feira (09/03) haverá
cerimônia com a provável presença de Michel Temer para marcar a
chegada das águas da transposição ao interior da Paraíba.
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