09/03/2017.
Casan nega
privatização, embora conste de pacote federal
O Governo Federal anunciou um pacote de
privatizações contendo 15 empresas estaduais de saneamento como
parte do grande projeto de privatização total dos serviços públicos,
mesmo que sejam eles eficientes e rentáveis.
Questões políticas e não
técnicas ou econômicas têm sido a tônica do movimento que traz de
volta a superada ideia do "Estado mínimo".
Este rolo compressor
está passando pela Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento),
mas seu presidente diz que não está de acordo.
"Desconheço
completamente essa questão de privatização. Soube pelo que li na
imprensa ontem à noite. É um estudo de viabilidade, que precisa ser
feito com a autorização da Casan",
declarou o presidente da
estatal catarinense, Valter Gallina, nesta quarta-feira (08/03).
Através da
assessoria de imprensa, a Casan afirmou que ninguém da companhia foi
procurado pelo Governo Federal, antes da divulgação dos planos de
privatização anunciados na terça-feira.
"A CASAN está
muito bem de saúde, com estabilidade financeira e gerencial, e não
está à venda", declarou Valter Gallina, presidente da Companhia,
reforçando desmentidos feitos pelo governo do Estado sobre o anúncio
do Governo Federal.
A Assembléia Legislativa
de Santa Catarina aprovou, em 2011, um projeto de lei concedendo à
iniciativa privada parte da estatal. No entanto, o Governador Raimundo
Colombo não concordou com a iniciativa e disse que não vai privatizar
a Casan até o final do seu mandato. Segundo ele, isso é tarefa para o
próximo governador.
Investimentos
imediatos - Em cerimônia realizada na Prefeitura com a presença de
várias autoridades, nesta quarta-feira (08/03), a Companhia anunciou
investimentos a serem feitos em Florianópolis.
Como parte de um pacote
de investimento na Ilha, foi liberada a ordem de serviço para o início
das obras da ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) do bairro
Campeche. O custo orçado é de R$ 59 milhões, estando prevista a
conclusão para 2018. A obra vai atender cerca de 25 mil pessoas no
maior bairro do Sul da Ilha.
No mesmo pacote
está o sistema de esgotamento sanitário dos bairros Ingleses e
Santinho, com início previsto para abril deste ano. O valor orçado é
de R$ 84,5 milhões e está previsto o atendimento de 42 mil pessoas,
mais a população flutuante dos meses de verão.
Fazem parte ainda da
lista de investimentos a serem feitos na Capital, obras nos sistemas
de esgotamento sanitário tanto na Ilha, quanto na região continental
de Florianópolis.
Quando todas as obras
estiverem prontas, no fim de 2018, o percentual de atendimento da rede
de esgoto, na Capital, sairá dos 56% atuais para 72%.
Além do Plano
Florianópolis de Saneamento, a Casan tem obras em andamento em 31
cidades no interior do Estado, segundo declarações do presidente
Valter Gallina.
Com a execução de todas
as obras de esgoto, o Estado de Santa Catarina atingirá o índice de
cobertura de 49% e espera sair do 18º para o 4º lugar entre os estados
brasileiros.
A Casan é uma empresa de
capital misto, criada em 1970, e atende 199 municípios: 198
catarinenses e 1 paranaense. Atende uma população de 2,5 milhões de
pessoas com serviços de água e 319 mil com serviços de esgoto.
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