20/03/2017
DIA MUNDIAL DA
ÁGUA
São Paulo
expõe peixes para celebrar despoluição do Rio Jundiaí
Espécies ficarão em
exposição gratuita por seis meses, no Bairro Ipiranga.
O jundiá, peixe que dá nome ao rio e que voltou
às suas águas após três décadas, está presente.
Jundiá, o bagre que voltou ao Rio Jundiaí.
O jundiá ficou cerca de 30 anos sumido do rio
que o homenageia. Mas desde 2013, com a despoluição do Jundiaí, o
peixe voltou às suas águas, simbolizando a recuperação de um dos rios
mais importantes do Estado de São Paulo.
Para celebrar esse feito
foi instalado um aquário na capital paulista repleto de jundiás.
A partir deste domingo (19/03), a atração ficará por seis meses no
hall de entrada do Aquário de São Paulo, no Bairro Ipiranga, Zona Sul
da Capital, antes da bilheteria, com acesso gratuito aos visitantes.
A iniciativa é da Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e
faz parte das celebrações do Dia Mundial da Água (22 de março).
O jundiá é um bagre, cuja
tradução do tupi-guarani significa “cabeça
com espinho”. Desde o começo dos anos 1980, com o avanço
da poluição, o Rio Jundiaí deixou de ser o habitat do jundiá.
Em 1983
foi lançada a primeira proposta de despoluição do rio, com ações
de combate ao esgoto industrial e doméstico, entre outras. Com uma
série de investimentos, que incluem grandes estações de tratamento de
esgoto o jundiá foi novamente visto no rio em 2013, e desde então é
presença comum na água.
Desde dezembro de
2016, com a aprovação dos Comitês PCJ (Comitês das Bacias dos
rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), o trecho do Rio Jundiaí
que era classificado como classe 4, entre a foz do córrego
Pinheirinho, em Várzea Paulista e o Rio Tietê, em Salto, foi
reclassificado para classe 3.
A melhor qualidade da
água do Rio Jundiaí torna possível seu uso
como fonte de abastecimento público. A despoluição do Jundiaí é um
dos resultados mais marcantes e simbólicos na área de saneamento.
O objetivo do aquário é
mostrar que é possível ter rios limpos mesmo em áreas urbanas
adensadas, com grande população, comércio e indústria.
Parte da água que será utilizada no aquário veio do próprio rio.
Para ver o jundiá de perto,
basta ir ao Aquário de São Paulo, localizado na Rua Huet Bacelar, 407
(Tel.: 11.2273.5500, (www.aquariodesaopaulo.com.br).
O acesso é gratuito ao aquário, já que ele está logo na entrada.
Para visitar as demais áreas é necessário adquirir um ingresso, em
qualquer dia, inclusive em finais de semana e feriados.
A
despoluição do Jundiaí - O Rio
Jundiaí tem 123 km de extensão. Nasce na Serra da Pedra Vermelha, em
Mairiporã, na região da Serra da Cantareira, e corta as cidade de
Atibaia, Campo Limpo Paulista,Várzea Paulista, Jundiaí, Itupeva,
Indaiatuba e Salto, onde deságua no Rio Tietê. Percorre uma região
com municípios populosos, de grande desenvolvimento econômico, mas com
pouca água disponível.
Segundo Domenico Tremaroli, gerente
da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) em Jundiaí, a
poluição do curso d’água levou à elaboração, em 1983, de uma proposta
para “Recuperação da Qualidade das Águas da Bacia do Rio Jundiaí”. O
diagnóstico apontava as principais fontes de contaminação e as
alternativas para eliminar o problema.
A Sabesp
atua em três das cidades cortadas pelo Jundiaí e teve
participação fundamental nas ações de despoluição do rio. Ao longo dos
anos, investiu mais de R$ 200 milhões e instalou redes coletoras,
unidades de bombeamento e estações de tratamento de esgoto em Campo
Limpo Paulista, Itupeva e Várzea Paulista.
Em Itupeva, desde a
inauguração do sistema de esgotamento sanitário, em julho de 2012, o
índice de tratamento dos esgotos coletados no Município subiu de 13%
para 100%. No ano seguinte, foi a vez do sistema de esgotos
de Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista mudar a realidade dessas
cidades. A estrutura, entre as mais modernas do interior, elevou
os índices de Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista para 90% e 96%
de tratamento de esgotos, respectivamente.
O trabalho desenvolvido
eliminou 257 toneladas por mês de carga orgânica que
antes eram lançadas no rio, beneficiando os mais de 220 mil moradores
desses municípios. Foi uma ação essencial para que o Jundiaí hoje
possa ser usado para abastecer a população e desague despoluído no
Tietê, na altura da cidade de Salto, contribuindo para a melhorar o
maior rio paulista.
Jundiaí, a maior
cidade da região - A cidade de Jundiaí não economizou participação
na limpeza do seu rio. O serviço de tratamento de esgoto do
Município é feito pela Companhia Saneamento Jundiaí (CSJ), sob
concessão.
Os investimentos para
despoluição do Rio Jundiaí, na cidade, foram iniciados com o Cerju
(Comitê de Estudos e Recuperação do Rio Jundiaí), uma iniciativa do
Governo do Estado de São Paulo, Prefeitura Municipal de Jundiaí, DAE
(Departamento de Água e Esgotos) de Jundiái, Cetesb e indústrias, em
1984. O objetivo era a despoluição do Rio Jundiaí.
Hoje, o sistema de
saneamento da cidade é reconhecido como um dos melhores do país, pelo
Instituto Trata Brasil, uma vez que 100% dos domicílios da zona urbana
são atendidos por rede de esgoto e de água tratada.
Atualmente 98% do
Município é atendido com coleta, afastamento e tratamento de esgoto.
Os outros 2% estão concentrados na zona rural, que é atendida desde
2013 por duas mini-estações de Tratamento de Esgoto.
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