@@@ Circula nos dias de final zero |
Jornal on-line de opinião, fundado em 15 de abril de 2004. A diagramação é boa com tela maximizada |
O Concorrente |
Hoje é |
Equipe Aqua Ano 1, Nº 20 \ São Paulo, 20 de outubro de 2004 |
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Parker e HP |
Água da mesma pipa |
O que há de comum entre as duas? Algo mais existe, além da eficiência dos produtos. A Hewlett Packard usa de estra-tégia eficiente para aumentar o faturamento. Vende impres-soras (produto principal) a preços módicos, mas eleva violentamente o que cobra pela tinta de impressão. Com isso, faz o cliente pagar bem mais. Os cartuchos chegam a custar 1/3 do valor pago pela máquina e impedimentos legais proíbem a concorrência. A Parker, produtora reno-mada de canetas, adota o mesmo caminho. Vende esfe-rográficas de aço com fino acabamento por volta de R$ 30,00 – uma pechincha – e cobra até R$19,00 pela carga de reposição. Seria uma tendência de mercado? Por certo, em breve as operadoras de telefonia estarão doando linhas e apa-relhos para cobrar “somente” o serviço. Quem viver, verá. |
Todas as categorias e grupos têm os bons e os maus integrantes. Entre os profis-sionais, existem os honestos e os que se aproveitam da sua condição para explorar os incautos. Uns mais, outros menos. Assim é com os políticos. Existem os defen-sores do povo e do país (exis-tem mesmo?) e entre eles estão também os demagogos que se valem da função para extrair o máximo em benefício próprio. Há poucos anos, se falassem a um petista a palavra Maluf, haveria tremeliques e contrariedades. Hoje soa, a eles, como tábua de salvação na tentativa de não perder as eleições em São Paulo. Maluf é o parceiro necessário, superior a todos os escrúpulos e a qualquer prova de ética. É tido e havido como o símbolo da corrupção política e da locupletação, embora nada esteja definitivamente |
comprovado. Por isso era detestado pelo PT, e a ele Marta Suplicy adjetivou de “nefasto”. O ex-prefeito é considerado o político que “rouba, mas faz” – também não provado – porque teria feito obras superfaturadas e receberia dos empresários a parcela superior ao valor real, depositando-a em contas pessoais no exterior. A atual prefeita faz obras suntuosas, gastando mais do que o necessário, e depois pede às empresas uma contribuição (sempre polpuda) para aplicar na campanha política. Em um e noutro caso, o dinheiro sai do mesmo bolso: o do eleitor. Nos últimos dias circulam pela cidade veículos de propaganda política estampando fotos enormes de Maluf e Marta lado a lado, querendo que o eleitor esqueça as brigas enormes que protagonizaram em tempos recentes, fazendo crer |
ao eleitor que um apoiado pelo outro, é o que a cidade precisa. Na verdade, são
Marta Suplicy e Paulo Maluf, aliados políticos na busca do poder em São Paulo. apenas iguais. Metem a mão no bolso do contribuinte sem dó nem piedade, exploram a cidade no interesse pessoal, enfim são água da mesma pipa, são políticos. Como eleitor é pouco esperto, mas nem tanto, é provável que desta vez São Paulo fique com a outra opção. |
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