@@@ Circulação não dirigida |
Jornal on-line de opinião, fundado em 15 de abril de 2004. A diagramação é boa com tela maximizada |
O Concorrente |
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Equipe Aqua Ano 3, Nº 29 \ São Paulo, 3 de maio de 2006 |
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Leia o romance Uma história leve, séria e atual.
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A palavra de um líder A Bolívia mostra ao mundo de forma surpreendente que no meio político ainda existem pessoas com palavra. Evo Morales foi eleito por um povo massacrado e pobre, sob o argumento de que devolveria a Bolívia aos bolivianos. Afastaria as multinacionais, recuperaria os recursos naturais do seu território e se empenharia por seu povo. Acreditando nisso, os eleitores o colocaram onde se encontra: no topo das decisões do seu país. Morales assumiu dizendo que não usaria gravata. Questão de menos importância, mas ainda assim, discutida na mídia mundial. Seria um ato de revolta contra o sistema dominante - o econômico, cujo símbolo é a gravata - ou seria um simples ato de um zé qualquer, galgado a um posto que não lhe cabe? O tempo está mostrando que zé qualquer ele não é. Até já existe quem o classifique de novo líder da América do Sul, título tão reivindicado por um dos nossos conterrâneos, infelizmente tido como líder de "quadrilha" política, muito embora ele afirme nada ver à sua volta. Evo Morales fez campanha e assumiu dizendo que "não ficarão em mãos privadas, ou sob concessões, nenhum recurso mineral, florestal ou de hidrocarbonetos, sobretudo petróleo e gás". Prometeu e cumpre. Morales expulsa a Petrobrás, a também brasileira EBX e outras multinacionais que exploram o solo boliviano. Por mais chocante que pareça, por sermos brasileiros e nutrirmos justificável afeição pela Petrobrás, Morales age corretamente. Ele fez um contrato social aberto com seu povo, sem esconder do mundo suas intenções. Cumpre agora o que foi acordado. Correto está também o governo brasileiro ao admitir que a Bolívia luta por seus interesses, pela soberania. Lamentável no entanto que não faça o mesmo, dispensando os bons serviços dos espanhóis, portugueses, ingleses, norte-americanos e outros que não só exaurem nossos recursos naturais, como solapam nossos bolsos com tarifas escorchantes de luz, telefonia e outras. É bom saber que no mundo existe pelo menos um político que cumpre o prometido em campanha, que não argumenta terem sido suas promessas apenas "bravatas" do passado. Outros políticos corretos certamente existem, mas não se tem notícia deles. A assinatura de um político José Serra declarou, assinou e jurou que cumpriria o mandado de prefeito até o fim, sem renunciar para concorrer a outro cargo eletivo. Está escrito e assinado em documento, mas Serra já não é mais prefeito de São Paulo. Saiu para concorrer a governador do Estado. Sem palavras! Clique na foto para ver o documento ampliado.
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