A fome e a falta de água no mundo são a bola da vez. A ONU
(Organização das Nações Unidas) tem alertado através dos seus
cientistas que a
população pobre será a mais afetada
pela falta de alimentos. O efeito estufa seria a causa desse problema
que já não é novidade, pois desde que o mundo é mundo a fome acompanha
o homem. E tem escolhido o pobre como vítima, pois ele é sempre o
mais atingido pelos males ao longo da história, seja lá a causa que
for.
A
inerte instituição no que diz respeito às guerras - especialmente
aquelas deflagradas por seu verdadeiro mantenedor, os EUA - chega ao
detalhe de prever que mais de um 1 bilhão de pobres serão atingidos
pela fome. Isso porque os mares subirão tantos exatos centímetros em
tantas décadas futuras, por causa do aquecimento da Terra. Aquecimento
que, a bem da verdade, não tem o efeito estufa como unanimidade. Há
quem argumente tratar-se de um fenômeno cíclico a cada 30 anos. Agora
estamos no período quente, logo, logo estaremos no período frio.
Mesmo assim, é louvável que a ONU e seus organismos alertem a
humanidade para problemas tão graves, ainda que seja de forma
alarmista.
No outro lado
da mesma fome, - "no outro lado" já que se tratam de instituições
políticas antagônicas - o ditador cubano Fidel Castro prevê a falta de
alimentos num futuro próximo, por causa do programa energético que tem
o álcool como propulsor principal. Este limita-se a prever a causa sem
opinar sobre os atingidos.
Castro
argumenta que o capital investirá todas as fichas em matéria
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prima para o
álcool e o biodiesel, deixando de lado a produção de alimentos. Como conseqüência
lógica, advirá a fome.
Merece reparos a previsão do cubano. O plantio de matéria prima para o
álcool e alimentos seguirá a lei da oferta e da procura. Enquanto o
álcool apresentar preços melhores, as fichas serão apostadas no milho
e na cana, mas se a demanda for inferior à oferta, o plantador sabe
que deve trocar de mercadoria e vai produzir alimentos. E isso será
benéfico, na medida que pode contribuir para a rotatividade, fugindo
da monocultura, sabidamente um dos venenos a gerar a infertilidade dos
solos. Esta sim, a monocultura, é um problema a ser temido. O México é
citado como o mais provável atingido e, no Brasil, o Rio Grande do Sul
já tem exemplos de desertificação provocada pela monocultura.
Todavia, das preocupações apresentadas por Fidel Castro, uma é de se
observar atentamente. O foco energético no álcool e no biodiesel vai
fazer o empresariado avançar sobre as matas, na busca de terras novas
para o plantio. Sob esse ângulo, tão grave quanto a fome, está a
devastação possível das florestas. A Europa já dizimou as suas, nossa
Mata Atlântica está diminuta e a Floresta Amazônica é motivo de
preocupações e reduções constantes. Há que estar atento!
De
qualquer forma, venha de Castro ou da ONU, os alertas são aceitáveis e
bem-vindos, com ou sem exageros, com foco político ou sem ele. É hora
de o homem acordar e entender que a Terra é única e exige atitudes
ponderadas. Não pode o ser humano agir como os irracionais e devorar,
além dos ovos de ouro, a sua indefesa produtora.√
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