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Publicada em 02/02/2004

Cavo irá tratar lixo hospitalar

Cinco toneladas diárias de lixo hospitalar com potencial infectante, produzidas em Porto Alegre, passarão por processo especial dentro de 90 dias. No último dia 27/1, o Dmlu (Departamento Municipal de Limpeza Urbana) assinou contrato com a empresa Cavo Serviços e Meio Ambiente. O tratamento será em unidade a ser instalada no Distrito Industrial da Restinga, onde o lixo será triturado e exposto a microondas por 30 minutos, para desativação de microorganismos.

Atualmente, o lixo infectado da rede de saúde municipal é tratado em Santa Maria, distante 290 km de Porto Alegre, e resíduos de outros estabelecimentos são transferidos para o aterro Santa Tecla, em Gravataí, a 26 km da Capital.

A Cavo foi fundada em 1921 e tem sede na Vila Olímpia em São Paulo. Em 1956 foi incorporada à Camargo Corrêa S.A., um dos maiores grupos empresariais nacionais, especializando-se nos segmentos de Engenharia e Conservação Ambiental.

A partir 1980, a Cavo iniciou a prestação de serviços de limpeza urbana e saneamento básico. Após uma política de investimentos em tecnologia, novos equipamentos, pesquisa e capacitação de funcionários, passou a atuar especificadamente na área ambiental. Em parceria com o Grupo Suez, tem a Essencis Soluções Ambientais, empresa especializada em tratamento e destinação final de resíduos industriais e recuperação de áreas. Hoje, a empresa tem cerca de 3.000 funcionários.

Ação judicial - A Cavo move ação na justiça contra o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Itu (SP). Em novembro do ano passado, a juíza da 3ª Vara da Comarca daquela cidade, Adriana Faccini Rodrigues, determinou o bloqueio das contas da Autarquia. Ela expediu carta sentença a pedido do Ministério Público e da empresa que prestava serviços de tratamento de esgoto para o Município.

A sentença prevê o pagamento integral das prestações mensais que o Saae deve à Cavo pelo serviços prestados à cidade, de janeiro de 2001 a janeiro de 2003. A dívida é cerca de R$ 10,2 milhões.

A juíza determinou a expedição de ofícios aos bancos de Itu para o bloqueio de todo o dinheiro depositado em contas que pertençam ao Saae, até que seja atingido o valor devido à Cavo. A sentença determina também que os bancos enviem extratos semanais, informando os valores disponíveis.

A sentença é resultado de ação ganha pela Cavo em que a justiça obriga a Prefeitura a pagar dívidas à concessionária.

Em janeiro deste ano, a empresa conseguiu autorização para devolver ao Município a concessão do serviço de tratamento do esgoto de Itu. A assessoria de imprensa informou que o Saae vai recorrer à instância superior.

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