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Antônio Linus Rech

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Jornal on-line de opinião, fundado em 15 de abril de 2004. A diagramação é boa com tela máxima.

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Equipe Aqua                       Ano 3, Nº 38 : São Paulo, 12 de março de 2007

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Leia o romance

Uma história leve, séria e atual.

 

 

 

Mídia nacional e mídia catarinense

A mídia nacional é comandada pela Rede Globo que dita modismos, corrompe conceitos, deturpa valores sociais e, por que não dizer, também educa e informa o pais de sul a norte. Se, dentre rádio, jornal, internet e televisão, nem todos os seus veículos são bons, sem dúvida a televisão desenvolvida pelos Marinho tem ótima qualidade técnica. Compete com o que há de melhor no mundo e tem credibilidade internacional, especialmente em novelas.

A Rede Record luta desesperadamente pela audiência, tentando roubar o telespectador da concorrente e, para isso, rouba literalmente seus profissionais. Está chegando lá. Para finalizar seus intentos precisa ainda fazer muito do que a concorrente fez e faz. Necessita, além de melhorar a programação, ter boas repetidoras em todos os cantos do país, ter os melhores profissionais do ramo, a melhor qualidade técnica, a melhor divulgação e tantas outras ações já implementadas pelo grupo carioca.

É bom para o país que essa concorrência se mantenha acirrada, pois nada pior que o monopólio nas comunicações, especialmente se houver atrelamento político e engajamento ao poder, como ocorreu com Assis Chateaubriand no passado, repetindo-se nos dias de hoje com novos personagens. Portanto, vivas às investidas da Record. Lamentável apenas que essa rede pertença a uma facção de cunho religioso, outro sério perigo.

Santa Catarina - No estado sulista, a mídia não pertence a seu empresariado. O maior jornal e a maior televisão de Santa Catarina são do grupo gaúcho RBS (Rede Brasil Sul de Comunicações) - afiliada da Rede Globo - com sede em Porto Alegre. Boa parte do rádio também não é catarinense, embora neste segmento, os barrigas-verdes demonstrem competência e sabedoria, com algumas emissoras apresentando programação jornalística de boa qualidade.

No momento, parte da população catarinense anda revoltada com o fato de a RBS TV estar transmitindo o campeonato gaúcho para os catarinenses. Vencida pela Record em licitação promovida pela FCF (Federação Catarinense de Futebol), a televisão gaúcha lança guerra declarada, transmitindo jogos de qualidade sofrível do estado de origem.

Hoje, em sua coluna diária no jornal A Tribuna, de Criciúma, Ney Lopes diz:

"Papelão - Enquanto Romário continua marcando e mostrando seus últimos momentos no futebol em grande estilo, o povo continua tendo a sua disposição o medíocre campeonato gaúcho nas telinhas da 'poderosa'. Menos mal que o Tigre continua invicto há dez jogos. Ontem a vítima foi o Figueira, em pleno Orlando Scarpelli. Dá-lhe Tigreeeee!!!".

Mesmo comemorando a vitória do seu clube sobre o rival de Florianópolis, o colunista não esconde a indignação pelo menosprezo com que é tratado pelo grupo gaúcho.

Outro jornalista de expressão no estado, Nei Manique, escreveu em fevereiro deste ano sobre o mesmo assunto, artigo publicado no Engeplus. Diz ele que

"A valorização de costumes, hábitos, cultura e história locais fortalece os vínculos identitários. São eles que formulam e moldam uma identidade nativa, a mais eficiente defesa contra contaminações em tempos de globalização."

Mais adiante, Manique conclui:

"A xenofobia, seja ela em que âmbito e direção for, prima pela pobreza de espírito. Frustra a oportunidade que o contato com quem vem de fora proporciona, a do mútuo aprendizado. Esse, sim, enriquece o espírito. E abriga almas tão distintas que, consteladas, acabam forjando a Grande Alma Verde-Amarela."

Aprendizado de ambos os lados é possível, bem-vindo e salutar. O risco também possível é a predominância de um sobre o outro, eliminando os traços culturais existentes e implantando natural e involuntariamente sua cultura sobre o vizinho. Não é por acaso que Santa Catarina é povoada de CTGs, os famosos e lindos centros de tradições gaúchas, contra zero de sua cultura em solo rio-grandense.

Salutar e sempre bem-quisto é o convívio pacífico entre gaúchos e catarinenses. Fiquemos longe de declarações de guerra regional ou xenofobismos de qualquer ordem, mas é inegável que a atitude do grupo gaúcho de mídia é um deboche contra os catarinenses.

 

 

 

Dólar e euro 

 

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Calendário dos Séculos 20 e 21

 

 

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