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Publicada em 03/12/2003

Rússia abandona o Protocolo de Quioto

A Rússia pode ter liquido com o Protocolo de Quioto, tratado de combate ao aquecimento da Terra pela redução do efeito estufa.

Ontem o assessor do presidente Vladimir Putin, Andrei Illarionov, declarou em Moscou que "o Protocolo de Quioto impõe limitações significativas ao crescimento econômico da Rússia. Em sua forma original, esse protocolo não pode ser ratificado."

Os representantes da Conveção-Quadro da ONU sobre Mudança Climática, reunidos em Milão, ficaram surpresos. Eles discutem políticas e informações sobre o efeito estufa.

O fenômeno - Efeito estufa é o aquecimento excessivo da Terra, provocado pelo aumento da taxa de CO2 (gás carbônico) e CH4 (gás metano) na atmosfera e conseqüente retenção do calor gerado pela luz do Sol que chega ao planeta. Com o aquecimento, a temperatura da Terra subiria alguns graus até o fim do século XXI e, como resultado, haveria o derretimento de parte das geleiras, fazendo com que o nível dos mares se eleve, acarretando a submersão de cidades costeiras.

O tratado - O Protocolo de Quioto foi criado para conter esse efeito e evitar o aquecimento descontrolado do planeta. O primeiro passo foi a Convenção-Quadro sobre Mudança Climática, da qual participaram 160 países durante a Eco-92, no Rio de Janeiro. Como a Convenção não fixou metas, criou-se o Protocolo de Quioto, na cidade do mesmo nome, no Japão em 1997. Foi estabelecida uma redução de 5,2% nos níveis de emissão dos gases de 1990, em uma primeira fase. Para entrar em vigor, o protocolo tem de ser transformado em lei por, pelo menos, 55 países responsáveis por 55% das emissões de 1990. O detalhamento do acordo está sendo feito nas COPs (Conferências das Partes). A COP-9 está em andamento na cidade de Milão, na Itália e se encerra dia 12.

Em 1991, o presidente norte-americano, George W. Bush, declarou que os EUA, responsáveis por 36,1% das emissões em 1990, abandonaria o protocolo por ele ser danoso à sua economia. Assim, a adesão da Rússia, que era responsável pela emissão de 17,4%, passou a ser fundamental. Isso porque é preciso que países industrializados, ligados a no mínimo 55% das emissões globais, ratifiquem o protocolo para que ele entre em vigor. Se a Rússia confirmar sua posição e desistir do protocolo, a meta se torna impossível, já que os EUA estão fora. O protocolo perde a chance de ganhar força de lei e naufraga.

Ninguém da delegação Russa em Milão, presente ao COP-9,  confirmou as declarações de Illarionov.

A ONU acredita que ainda possa reverter o quadro e trazer a Rússia de volta. "Esse é um assessor do presidente, não é uma rejeição formal como a que vimos com os Estados Unidos", declarou Michael Willians, porta-voz das Nações Unidas.

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