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Antônio Linus Rech

Jornal on-line de opinião, fundado em 15 de abril de 2004. A diagramação é boa com tela máxima

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Equipe Aqua                           Ano 4, Nº 41 : São Paulo, 17 de junho de 2007

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Leia o romance

Uma história leve, séria e atual.

 

 

 

Lamarca, o crime premiado

O Brasil passa por desvios éticos na política e na sociedade como um todo com conseqüências cruéis, gerando miséria e insegurança jamais vistas em outros tempos. Vemos políticos corruptos e insolentes, empresários cuja ganância é refletida nos olhos e imprensa leniente, silenciosa, submissa. Uma sociedade bovinizada e um egoísmo exarcebado em toda a população é o que se tem.

No Congresso Nacional, no Executivo e no Judiciário - o trinômio criado para representar o povo e regular as ações do próprio povo - não existe suficiente capacidade de autocontrole para recusar as tentações das benesses oferecidas. Os três poderes estão equiparados ao mais baixo nível da delinqüência e subversão dos valores morais. Neles, despontam brasileiros que no período dos anos de chumbo - anos esses condenáveis, não há dúvidas - tomaram em armas e delinqüiram, matando, assaltando, roubando e deturpando direitos e a ordem estabelecidos, em nome de uma liberdade democrática pleiteada para si próprios, duvidosamente para o povo. A julgar pelos atos que agora realizam em postos-chaves da Nação, onde agem sem o mínimo respeito pela sociedade, é de supor que seus ideais de outrora nada mais eram do que simples aspiração pessoal pela tomada do poder. Para isso, reivindicaram liberdade democrática, inexistente à época, para consumo próprio, para locupletação individual. São pessoas que agora põem em dúvida seus atos praticados na juventude, a julgar pelo que fazem no presente.

Quem seria Lamarca hoje, tivesse ele sobrevivido e alcançado seus intentos? Possivelmente um amigo de Lula, um parceiro de José Dirceu, um comparsa de José Genoino, um ministro do atual governo ou um magistrado do Judiciário. Quiçá, um ministro do Exército! Estaria ele hoje de armas em punho para combater as "gautamas" das licitações ou delas estaria se beneficiando? Difícil responder, porém fácil de imaginar. Quem teve a ousadia de desertar do Exército brasileiro, fugindo de suas responsabilidades e voltando-se para o crime em nome de uma pretensa liberdade democrática, estaria hoje ao lado dos miseráveis que sobrevivem com as migalhas doadas pelos governos a títulos como "fome-zero", "vale-leite", "vale-isso" e "vale-aquilo"? Arrisque um palpite!

Lamarca fez tudo que não podia ser feito, segundo a ordem estabelecida. Desertou, assaltou, assassinou, roubou, seqüestrou. Bem, mas foi para uma causa mais do que nobre, justa, foi em nome da democracia ceifada pelos militares, dirão alguns, referendados pela maioria de cabeça feita pela mídia teleguiada. A julgar assim, Maquiavel está mais do que certo: os fins justificam os meios. Pois bem, em nome do fim da miséria, do analfabetismo e da corrupção podemos propor o assalto aos poderes de hoje, vamos às armas para liquidar políticos corruptos? Vamos lutar pelos direitos que temos e acabar com a vergonha que é o sistema tributário que leva aos bolsos de poucos os recursos de todos? Vamos dar tiros em nome da sobrevivência, muito mais importante do que regimes políticos? Vamos dizer basta! e tomar em armas? Não. Não é assim que se luta pelos direitos de uma sociedade. Logo, que direitos tinha Lamarca para fazer o que fez?

Conceder indenização aos familiares e pensão polpuda à viúva de Lamarca, pagas com o dinheiro de impostos usurpados do povo, foi uma infeliz e irresponsável decisão. Reconhecê-lo como general de um Exército ao qual renunciou é ato inqualificável, ilógico e incompreensível.

A Nação não merece os Lamarcas que tem.

Frase

A imagem do deboche.

"Relaxa e goza porque você vai esquecer dos transtornos”.

Marta Suplicy, sexóloga e ministra do Turismo, aconselhando os passageiros submetidos ao caos aéreo que persiste por longos, intermináveis meses. Depois, ela desculpou-se.

Dólar e euro 

 

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