NOTÍCIAS
Publicado em
02/02/2017
Privatização da CEDAE gera tumulto nas ruas do Rio
O
Rio de Janeiro voltou a ter manifestações de rua com pancadaria e
bombas de gás.
Nesta terça-feira (31/01), funcionários da CEDAE (Companhia Estadual
de Águas e Esgotos) foram a público para se mostrarem contrários à
privatização da empresa.
Segundo o Centro de Operações Rio (COR), as Avenidas República do
Chile e Almirante Barroso, foram interditadas por volta das 16h33, a
partir da Avenida Rio Branco.
Privatização geral - Dentro de um macro programa de privatização
do patrimônio público, incluindo as empresas estaduais de saneamento,
o Governo Federal
pretende repassar à iniciativa
privada as companhias de água e esgotos, com financiamentos do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e Caixa
Federal.
Para
tanto estão disponíveis R$ 9,0 bilhões em linhas de crédito da
Caixa Federal e do BNDES, a serem aplicados em 2017.
Oito
empresas de saneamento estaduais já manifestaram intenção de
participar do programa de privatização. Os estados do Piauí e Rio de
Janeiro estão entre os primeiros, mas como de hábito, não há consultas
aos usuários dos serviços e sequer lhes é permitida a livre
manifestação.
Constituída em Agosto de 1975, a CEDAE teve origem na fusão da CEDAG
(Empresa de Águas do Estado da Guanabara),da ESAG (Empresa de
Saneamento da Guanabara e da SANERJ (Companhia de Saneamento do Estado
do Rio de Janeiro).
A
CEDAE opera os sistemas de água e esgotos dos municípios conveniados
do Estado do Rio de Janeiro.
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Publicado em
28/01/2017.
Proposta de tarifa única para água e esgoto
recebe críticas
Em
artigo publicado na Folha de S. Paulo desta sexta-feira (27/01),
intitulado “Bem empresarial, mal coletivo”, é rebatido o artigo
publicado anteriormente no mesmo jornal (12/01) , sob o título “Bem
individual, mal coletivo” de Jerson Kelman, presidente da Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
O presidente do Instituto Democracia e
Sustentabilidade, biólogo João Paulo Capobianco, faz críticas
abordando os serviços da Sabesp pela falta de tratamento em parcela
dos esgotos coletados. Ele informa que 450 milhões de litros são
jogados
in natura diariamente nos receptores, de acordo com dados do
Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos, do Ministério das Cidades.
Capobianco rebate artigo anterior
de Kelman, onde é informado que alguns consumidores não fazem as
devidas ligações de esgoto aos coletores disponíveis para levar os
resíduos às ETEs (Estações de Tratamento de Esgotos). Justifica assim
o título de seu artigo, entendendo que o consumidor individual está se
beneficiando em detrimento do bem coletivo.
Já Capobianco entende que o
beneficiado é a empresa, por não tratar todo o esgoto, uma das razões
de sua existência.
O biólogo não concorda com outro
argumento do presidente da Sabesp que vê como solução a unificação de
tarifas. Para Capobianco, “O argumento apresentado pelo presidente da
Sabesp de que a solução seria a fusão da tarifa de água e esgoto em
única tarifa de saneamento não parece convencer, pois a empresa já é
de longe a maior arrecadadora do país entre todas que atuam no setor
e, mesmo assim, parece não sobrar recursos para fazer o que deveria:
promover o ‘bem coletivo’”.
A
Sabesp é responsável pelo abastecimento de água e coleta/tratamento de
esgotos
em 366 municípios do Estado de São
Paulo, atendendo 28,8 milhões de pessoas. É considerada uma das
maiores empresas de saneamento básico do mundo, em população atendida.
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