NOTÍCIA
Publicado em
28/01/2017.
Proposta de tarifa única para água e esgoto recebe críticas
Em
artigo publicado na Folha de S. Paulo desta sexta-feira (27/01), intitulado “Bem
empresarial, mal coletivo”, é rebatido o artigo publicado
anteriormente no mesmo jornal (12/01) , sob o título “Bem individual,
mal coletivo” de Jerson Kelman, presidente da Sabesp (Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
O presidente do Instituto Democracia e
Sustentabilidade, biólogo João Paulo Capobianco, faz críticas
abordando os serviços da Sabesp pela falta de tratamento em parcela dos
esgotos coletados. Ele informa que 450 milhões de litros são jogados
in natura diariamente nos receptores, de acordo com dados do
Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos, do Ministério das Cidades.
Capobianco rebate artigo
anterior de Kelman, onde é informado que alguns consumidores não
fazem as devidas ligações de esgoto aos coletores disponíveis para
levar os resíduos às ETEs (Estações de Tratamento de Esgotos).
Justifica assim o título de seu artigo, entendendo que o consumidor
individual está se beneficiando em detrimento do bem coletivo.
Já Capobianco entende que o
beneficiado é a empresa, por não tratar todo o esgoto, uma das razões
de sua existência.
O biólogo não concorda com
outro argumento do presidente da Sabesp que vê como solução a
unificação de tarifas. Para Capobianco, “O argumento apresentado pelo
presidente da Sabesp de que a solução seria a fusão da tarifa de água
e esgoto em única tarifa de saneamento não parece convencer, pois a
empresa já é de longe a maior arrecadadora do país entre todas que
atuam no setor e, mesmo assim, parece não sobrar recursos para fazer o
que deveria: promover o ‘bem coletivo’”.
A
Sabesp é responsável pelo abastecimento de água e coleta/tratamento de esgotos
em 366 municípios do Estado de São
Paulo, atendendo 28,8 milhões de pessoas. É considerada uma das
maiores empresas de saneamento básico do mundo, em população atendida.
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Publicado em 23/01/2017.
Saneamento básico segue esquecido,
mas avança o projeto de privatização das companhias estaduais
BNDES e AESB emitem nota conjunta
O
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a AESBE
(Associação Brasileira de Empresas Estaduais de Saneamento) emitiram
nota conjunta informando sobre reunião havida no Banco para dar
seguimento ao projeto do Governo Federal de privatização do saneamento
básico.
As entidades realizaram reunião no último dia 16, na sede do Banco,
com presidentes de companhias de abastecimento e equipes do BNDES
sobre o PPI (Programa de Parceria de Investimentos) do Governo Federal
para o setor de saneamento, que busca a privatização dos serviços de
distribuição de água e esgotamento sanitário.
O BNDES é o condutor do processo no âmbito do PPI e atua na
estruturação de projetos que visem atrair a parceria privada, desde a
fase de estudos e modelagem até a assinatura dos contratos entre os
governos estaduais e as concessionárias.
Na reunião com a diretoria da AESBE, que representa empresas de
saneamento de 25 estados, o BNDES informou o andamento do programa,
iniciado com o lançamento do edital para pré-qualificação de
consultores que participarão da licitação dos estudos técnicos dos
projetos em cada estado. Inicialmente esses estudos apontarão os
modelos de parceria privada potencialmente viáveis em cada Estado,
tais como concessões, subconcessões, Parceria Público-Privadas (PPPs)
e privatização. Em seguida, com o apoio do BNDES, o Estado selecionará
o modelo a ser detalhado para realização da futura licitação.
Na primeira reunião conjunta das empresas de saneamento com o Banco,
que vem realizando contatos bilaterais com os estados, a AESBE
apresentou sugestões para aperfeiçoamento legal do setor, relacionadas
à regulação, aspectos ambientais e estruturação de garantias.
Dez anos da Lei do Saneamento - Paralelamente, nesta segunda-feira (23/01), o jornal Folha de S. Paulo publicou editorial intitulado "Dez
anos de estagnação", onde lembra que a Lei 11.445 - a Lei Geral do
Saneamento Básico - completou uma década no último dia cinco,
e destaca que o saneamento "até revela avanços, mas nada que possa
ser considerado animador".
O
jornal cita números pouco expressivos destes dez anos e salienta que o
PMSB (Plano Municipal de Saneamento Básico), instituído e exigido pela
Lei do Saneamento até 31 de Dezembro de 2014, foi prorrogado para o
fim de 2017 e já se fala em nova prorrogação.
Diz
o jornal que "Já há propostas na Câmara dos Deputados para novos
adiamentos, até 2019 ou 2020".
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