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Equipe Aqua ANO 13 l Nº 73 l PUBLICADO EM 16 DE ABRIL DE 2016 |
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O Globo só pensa naquilo Na última quinta-feira (14/04) o Executivo sancionou projeto de lei que autoriza o "uso da substância fosfoetanolamina sintética, por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna". É a chamada "pílula do câncer". O projeto foi uma iniciativa do Poder Legislativo e, a partir do protocolo em 09/03/2016, foi discutido e votado pelo Congresso Nacional em cerca de trinta dias. Muito rápido em condições normais e rapidíssimo, se levado em conta que há meses em Brasília só se fala no impedimento de Dilma Rousseff, e praticamente nada é votado.
A população e a equipe de Gilberto Chierice O título negativo de O Globo. comemoram a coragem do Executivo que não tomou conhecimento da pressão contrária feita pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), instituições que se dizem contra o câncer e parte da grande imprensa.
Todos os oponentes, ao que parece, flertam com interesses meramente econômicos. A industria química, a Anvisa e certos oncologistas não admitem os efeitos positivos da pílula sintetizada em São Carlos, SP. O comentário maldoso de O Globo Causa espécie a virulência com que setores da mídia tratam o assunto. Na edição de ontem (15/04), a Folha de S. Paulo fez questão de ressaltar que "Dilma libera 'pílula do câncer' e é criticada". Diz o jornal que há dúvidas sobre dosagem e fabricação e a "falta de estudos sobre efeitos em humanos". Ora, sabe-se de pessoas que tomam a droga de forma continuada e preventivamente há mais de cinco anos, e nada sentiram de negativo. Uma delas faz parte da equipe de Chierice, é um dos sintetizadores. Até agora não se apresentou um único caso de efeitos negativos e, note-se, a substância é consumida há mais de vinte anos por seres humanos. Apesar disso, a Anvisa argumenta que não foram respeitados os trâmites legais, muito embora ela própria tenha oferecido dificuldades para formalização do produto, segundo informam os sintetizadores. O jornal O Estado de S. Paulo seguiu a linha da Folha e publicou a notícia de forma negativa, como se estivesse sendo armado um mal contra a humanidade. Mas O Globo, do Rio, foi insuperável. Além de prestar informação de forma contrária à sanção do projeto, criticou e acusou a Presidente de populismo, como se agir em favor do povo fosse um crime. Depois de informar que "Dilma aprova a fosfoetanolamina, Anvisa critica e cientistas acusam de populismo", assim opinou o jornal carioca: "Desvio de função - Não pode ser considerado um equivoco de desinformação, porque não faltaram alertas de médicos e pesquisadores de que a 'pílula do câncer', por ainda não ter passado pelos testes de praxe, não poderia ser liberada. A sansão, pela presidente, da lei que permite o uso da substância fosfoetanolamina só tem, portanto, uma explicação: mais um gesto demagógico do Planalto na tentativa de angariar votos na Câmara contra o impeachment". O Globo esquece que a iniciativa do projeto foi tomada pelo Legislativo, discutida, votada e aprovada por ele. Seguiu todos os trâmites legais até aportar à mesa da Presidente, para que ela decidisse sobre sua aprovação ou não. O Globo também esquece de informar que esta quinta-feira (14/04) foi o último dia para aprovação ou recusa do projeto. Portanto, nada tem a ver com o andamento do impeachment. São prazos regulamentares que ela até poderia comodamente deixar passar. Se o fizesse, o projeto se transformaria em Lei da mesma forma. O que se constata é a continuidade da permanente campanha desenvolvida pelo jornal e toda a Rede Globo, que insiste em ver um lado negativo em todos os atos do Governo. Alguns fatos dispensam a opinião de pessoas ou entidades com notório saber, para que se possa formar a própria opinião sobre o assunto. Por outro lado, certas instituições perdem integralmente a credibilidade para opinar, quando existe um histórico de atitudes tomadas contra ou a favor do tema. A Anvisa, segundo acusa Gilberto Chierice, não demonstrou receptividade para aprovar a substância, ao longo dos 25 anos de sua sintetização. Pelo contrário, ofereceu dificuldades para impedir os estudos que agora exige e alega não terem sido feitos. Compreende-se. A Anvisa é uma agência reguladora, desvinculada do Governo e com autonomia em suas decisões. Seus diretores são escolhidos entre pessoas de notório conhecimento que tenham atuado com destaque no ramo. Assim, a exemplo de todas a agências reguladores, na prática, seus diretores vêm das grandes empresas que se destacam pelo poderio econômico. Percebe-se então que ditas agências atuam, de fato, a serviço das empresas do setor regulado e não a serviço do país e muito menos do povo. Não esperemos, pois que a Anvisa seja um órgão de credibilidade acurada. Suas recomendações sobre a fosfoetanolamina tem um viés econômico e não apenas técnico, como deveria ser. O Executivo sabe disso, e simplesmente ignorou o que dizem os sanitaristas. Quanto ao jornal O Globo, e de resto toda a Rede Globo, sempre subservientes ao poder econômico, aproveitam para associar fatos absolutamente alheios, ao momento político que pode destituir a Presidente, seu grande objetivo. O Globo pensa apenas nos próprios interesses.
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Publicado desde 15 de Abril de 2004 |
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