@@@ Um ponto de livre opinião |
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Hoje é √ |
Equipe Aqua ANO 13 l Nº 74 l PUBLICADO EM 20 DE ABRIL DE 2016 |
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Direita,
volver! Nos treze anos e meio de governo de esquerda, o Brasil pouco ouviu falar na palavra arrocho. Infelizmente, estamos entre os primeiros a trazê-la de volta, diante das notícias que começam a pipocar com o provável novo governo. Já falamos disso aqui. A mudança de rumos na política vai alterar o comportamento da nação. A guinada, da esquerda para a direita, será realmente um giro de 180º na economia e na vida social do brasileiro. Cortes são previstos nos ganhos sociais adquiridos durante o governo petista. Arrocho salarial, perda de benefícios sociais, entre eles a redução ou eliminação do bolsa família, trarão de volta a ampliação da pobreza e da miséria. A classe média, como sempre, será a mais atingida. Poderá perder ganhos alcançados e será convocada a pagar mais impostos. Além da redução nos ganhos, fala-se muito no retorno da CPMF, o famigerado imposto do cheque. O FMI (Fundo Monetário Internacional), braço forte dos governos de direita, espreita como leão faminto a derrocada do PT e a queda de Dilma Rousseff, para voltar a ditar normas recessivas, anti-populares e concentradoras de renda. Sorrateiramente faz sugestões e previsões do que deve ser feito, mesmo sem ser solicitado a opinar. Seus objetivos são de longo prazo, sua fome de domínio não tem pressa. O Fundo é paciente e traça normas para implantar ações, cujos resultados serão colhidos décadas depois. Assim age quando tenta impor o fim do ensino gratuito. Com medidas desse porte, os pobres e, claro, os miseráveis jamais poderão frequentar cursos superiores. Ficarão com a escolaridade capenga ou ausência total de formação, o que gera emburrecimento e empobrecimento, ferramentas usadas pelos que almejam o controle e domínio de um povo. O FMI busca impor redução na renda mensal do trabalhador. Aumenta assim o fosso entre as classes menos favorecidas e o andar de cima. Para isso, sugere reforma previdenciária, aumento de impostos em geral e congelamento do salário mínimo. São ações que visam surrupiar ganhos do trabalhador e do aposentado. Com estas duas medidas, - renda mensal diminuída e aumento de impostos - no longo prazo, coisa para dez ou vinte anos, aumentará o domínio da elite sobre a quase totalidade da população. De lambuja, ou melhor, como objetivo real, exclui o país como nação forte do cenário internacional. Consagra a republica bananeira mostrada ao mundo durante a votação do impedimento de Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados. Há quem se pergunte, com sensata dose de razão, como explicar que a metade do país apoie a retirada da esquerda do governo, em favor dos que trarão drásticas medidas de arrocho e controle. Sem dúvidas, trata-se de uma questão democrática, de um livre direito de opinar e decidir. No entanto, o Grande Capital tem a imprensa nas mãos. Também ele é paciente e faz lavagens cerebrais naqueles que seguem as opiniões de terceiros. Isso ocorre a quase todos, quando o massacre de "informações" diárias bate na mesma tecla. Se ouvimos, vemos e lemos diariamente que um governo não presta, que a economia está no rumo errado e que tudo deve ser mudado, acabamos acreditando que isso seja uma verdade. E sendo insuflados a ir às ruas para exigir a derrubada do governo, lá iremos, se não tivermos personalidade suficiente para agir apenas pelo nosso pensamento. Aliadas ao insuflamento midiático, medidas tomadas pelo dito "mercado", como demissões em massa, aumento de preços programados para subir a inflação, entre tantas outras, levam de fato a economia ao caos. A Venezuela é um bom exemplo. Com isso, é só culpar o governo, rotular seus membros disso ou daquilo, e está feita a cabeça do povo pró mudança de rumos. Esta influência maciça, tem o poder de afetar, da mesma forma, os deputados que votam pela admissibilidade de um processo de afastamento presidencial. Estes verdadeiros eleitores indiretos sofrem ainda pressões e ameaças, que lhes fazem pessoalmente. E a democracia que se dane, para quê cumprir o calendário eleitoral? É mais fácil, rápido e sobretudo eficiente pela ausência da consulta soberana ao povo, declarar: Direita, volver!
1. Grande Capital: Junção da elite detentora do poder financeiro com setores da mídia, subjugada ao dinheiro daqueles, e seu projeto de domínio e controle popular. (Voltar)
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Publicado desde 15 de Abril de 2004 |
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