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Equipe Aqua ANO 13 l Nº 77 l PUBLICADO EM 02 DE MAIO DE 2016 |
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Banda da Lapa, uma das mais antigas do Brasil
Em São Paulo, uma banda de bairro tradicional que já abrigou muitas indústrias, está "desde 1881 tocando a Lapa" Quando se fala no bairro da Lapa, logo vem a pergunta, Lapa do Rio ou Lapa de São Paulo? No entanto, existem várias localidades com o nome Lapa pelo Brasil afora. A mais badalada é a do Rio, do internacionalmente conhecido bondinho dos arcos da Lapa.
Banda da Lapa, São Paulo, ontem na festa do 1º de Maio do Sesc Pompeia. Em São Paulo, a Lapa é um bairro que outrora foi abrigo de grandes indústrias e hoje é cenário residencial e comercial. As chaminés migraram para o Nordeste ou para o interior do Estado. Aqui ficaram as residências que estão virando arranha-céus, o setor de serviços, o financeiro e a Corporação Musical Operária da Lapa. Mais conhecida como Banda da Lapa - a de São Paulo - a Corporação foi fundada em 7 de Setembro de 1881 pelo maestro ítalo-brasileiro Luigi Chiaffarelli (1856-1923).
Nascida Lyra da Lapa, passou a se chamar Banda Musical 15 de Novembro com a proclamação da República.
José Tamburu, presidente.
Mas o nome republicano durou poucos dias. Logo na primeira apresentação seus músicos foram envolvidos em conflito com grupo de monarquistas contrários a mudanças. Para evitar novas desavenças e como boa parte de seus integrantes era composta por funcionários da ferrovia São Paulo Railway, a banda foi renomeada para Banda dos Empregados da S. P. R. Por último, em 1914, surgiu a denominação que persiste até hoje, Corporação Musical Operária da Lapa. Os ensaios semanais, feitos às terças e quintas, acontecem na Rua Joaquim Machado, 99, onde está a sede própria doada por Nicola Festa (1866-1940), um imigrante italiano e próspero comerciante do bairro. "Se não tivéssemos uma sede própria, não estaríamos mais aqui", diz o músico e presidente José M. Tamburu, afirmando que seria impossível arcar com as despesas de aluguel, face ao baixo faturamento da Corporação. Nas terças-feiras de cada semana são realizados ensaios de grupos e nas quintas ensaio geral. Ambos são abertos ao público que pode acompanhá-los com entrada franca. Dedicado à banda por puro idealismo - Tamburu toca sax-tenor - o presidente não tem remuneração e dispensa os cachês distribuídos aos músicos, para ajudar no pagamento das despesas de água, luz e impostos. A banda vive do que fatura com apresentações que faz nos CEUs (Centro Educacional Unificado) e no Sesc Pompeia. Tem participado também da Virada Cultural, promoção da Prefeitura de São Paulo. Não há subvenções nem doações, exceto "alguns instrumentos que foram doados pela Funarte", diz Tamburu. Mas isto foi em 2013, de lá para cá, a banda vive de suas apresentações.
Nestor Pinheiro, maestro e tesoureiro. Luiz Antonio Alves, secretario. O grupo é composto por vinte músicos, entre eles quatro mulheres que tocam clarinete e percussão, todos sob a batuta do maestro Nestor Avelino Pinheiro. Nestor rege a banda desde 2005 a convite da Presidência. O cachê que lhe caberia das apresentações também é doado á Corporação, para pagamento de contas e manutenção do prédio. Pendurado na parede da sede, entre instrumentos antigos e a imagem da santa padroeira, um banner indica os dados da banda: "bamdaoperariadalapa.com.br; 11.3932.0027; Rua Joaquim Machado, 99; 05050-10; 'Desde 1881 tocando a Lapa'", em São Paulo - SP. Sucesso no 1º de Maio - A Banda da Lapa apresentou-se ontem (01/05) nas dependências do Sesc Pompeia, participando dos eventos comemorativos ao Dia do Trabalhador. O público presente aplaudiu os comandados do maestro Pinheiro e pediu bis, ao final. Participaram da apresentação Fabio Tagliaferri, tocando viola de arco, e Tuco Marcondes, no bandolim e guitarra elétrica, dando um colorido especial à banda, que alegrou ainda mais a festa dos trabalhadores com marchas, valsas e boleros. Clique na imagem para ampliar Apresentação no 1º de Maio do Sesc Pompeia
As mais antigas - As quatro bandas mais antigas do Brasil datam do Século 19, portanto todas com mais de cem anos, uma delas beirando o segundo século de existência.
São grupos que heroicamente mantém vivas as belezas da música orquestrada de outrora, embora sigam um tanto esquecidos pela deusa Euterpe, musa da música e da poesia lírica.
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