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Equipe Aqua ANO 13 l Nº 87 l PUBLICADO EM 27 DE SETEMBRO DE 2016 |
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Fora, FMI Quando Fernando Henrique instituiu a privataria – termo criado pelo jornalista Amaury Júnior, autor do livro “A privataria tucana”, para questionar as discutíveis privatizações do patrimônio público, – houve quem alertasse que os males daí advindos seriam um retrocesso ao país por, pelo menos, trinta anos. Isso porque, a entrega dos bens públicos à iniciativa privada retirava poder do Estado, transferindo-o aos empresários nacionais e internacionais. Partindo do pressuposto que o poder econômico se sobrepõe ao poder político, a afirmação parece ter sentido. O governo fica fragílizado ao se desfazer de seu patrimônio econômico. Assim como o setor empresarial se apoderou das estradas, da telefonia, do setor elétrico e outros mais, da mesma forma, se locupletaram os banqueiros que abocanharam os bancos estaduais e as caixas econômicas regionais, restando heroicamente o Banrisul, o banco dos gaúchos. De fato, pouco sobrou ao Poder Público para, em situações de crise, barganhar e exigir das multinacionais o respeito pelo país. Exemplo disso foi a guerra havida entre os governos do PT e as empresas gestoras do setor de dados, envolvendo a mídia e a telefonia, para implantar o marco civil regulatório da Internet. Do que ainda existe nada mais restará, pois o atual governo anuncia o retorno da privataria. Em apenas três meses de comando já foi vendida boa parte da Petrobrás, e o restante está na mira da privatização. Nesse embalo, os governos estaduais seguem o exemplo. Alckmin anuncia querer privatizar os parques públicos de São Paulo e seu candidato a prefeito da capital usa como mote de campanha privatizar, acreditem, até corredores de ônibus. Certamente a renda do agente operacional dos corredores sairá da tarifa paga pelo usuário, ainda que indiretamente via subsídios. Quanto à privatização dos parques, é de se esperar a criação de taxas para ingresso e a cobrança para uso dos estacionamentos, hoje públicos e gratuitos. Como sempre, o dinheiro sai do bolso do usuário para o bolso do gestor. Enquanto isso, o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reúne-se com o FMI (Fundo Monetário Internacional), segundo divulgado em sua agenda de ontem. A chamada grande imprensa nada informou, tratando o assunto como fato de pouca ou nenhuma expressão. Talvez, propositadamente tenha omitido a notícia para evitar reações contrárias. Durante os longos anos em que o pernicioso Fundo foi "parceiro" do Brasil, ele fez imposições recessivas, impedindo o crescimento. Fomos por décadas e décadas o "país do futuro", segundo os marqueteiros a serviço de interesses internacionais. Desde a criação do FMI em 1944, o Brasil foi tomador de recursos daquela instituição, até 2005, quando Lula liquidou a fatura e despachou os "amigos". O país se livrou de um agente que literalmente pagava para interferir nas decisões internas do país. Conquistamos a real independência e passamos a crescer, ganhando reconhecimento e respeito internacionais, a ponto de Lula ser considerado "O cara", por Barack Obama. O Brasil aparentava ter deixado de ser o país do futuro e quase chegou lá. Mas o governo de plantão agenda e faz reuniões com os representantes do Fundo. Pretendem retomar o mando paralelo de décadas passadas, com previsíveis políticas contrárias aos interesses brasileiros. Agora, com a crise em continuidade e a incompetência já demonstrada do atual governo, cujos membros fomentaram a desorganização interna para tomar o poder por meios escusos e condenáveis, o país chama o FMI de volta. É o retorno de políticas favoráveis à transferência de riquezas nacionais para o exterior, tendo o Fundo Monetário Internacional como seu melhor agente. Tudo isso trará de volta afirmações onde se lia que "O Brasil não é um país pobre, é rico e mal administrado, manipulado, teleguiado e, sobretudo, sugado pelos interesses internacionais". E nessa toada muito provavelmente, num futuro próximo, tenhamos cartazes pipocando pelo país, a exigir além do "Fora Temer", o já conhecido "Fora FMI".
Teorias jurídicas e o previsível amanhã O exercício da futurologia é tão escorregadio e traiçoeiro quanto têm sido certos vultos que ora perambulam em palácios Brasil afora. Prever é verbo enganoso, se não houver embasamento científico e lógica inquestionável. Mesmo assim, a lógica simplista e o dia-a-dia levam a imaginar o que virá por aí até 2018. Engana-se quem pensa que o PSDB vai continuar unido ao PMDB em favor da governabilidade e contra a corrupção. Na verdade, todos sabemos que nada disso houve durante a destituição de Dilma Rousseff. O objetivo dessa união sempre foi a tomada do poder e o aniquilamento do PT e seus líderes. Alcançado o objetivo maior, os interesses passam a divergir e, como tal, colocam em extremos opostos os dois partidos. É uma questão de tempo, de meses ou dias. MAIS.
O rugido das ruas ecoa forte. Na sexta-feira (10/06), mais de cem mil pessoas foram à Av. Paulista para protestar contra as ameaças de redução nos benefícios sociais alcançados durante os governos eleitos. Manifestações também ocorreram em todos os estados. O governo provisório enfrenta o protesto dos sem teto e sem emprego, bem como de milhares que não reconhecem legitimidade em um grupo que assumiu o comando do país por caminhos escusos. MAIS.
Proposta de medidas extraconstitucionais Considerando a soberania democrática e os anseios do Povo Brasileiro;
O candidato da Folha de S. Paulo Amaury Ribeiro Jr. narra como o Ministro do Planejamento, José Serra, participou da "privataria tucana", no governo Fernando Henrique Cardoso.
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