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Equipe Aqua ANO 13 l Nº 89 l PUBLICADO EM 24 DE NOVEMBRO DE 2016 |
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Receita para destruir um país Ingredientes - 1) Tome um candidato das eleições para a Presidência da República. Não serve candidato de partido nanico, há que se escolher, de preferência, o maior adversário do provável vencedor, aquele que poderá agir com ferocidade acusatória durante a campanha eleitoral; 2) Convoque a mídia subserviente e "imparcial" para participar de um movimento que vai lhe render muito dinheiro. Não se preocupe com a imprensa menor e tampouco com os órgãos simpáticos ao possível vencedor. Busque os maiores jornais, uma rede de televisão que tenha alcance nacional e duas ou três revistas de ampla penetração; 3) Sensibilize e arregimente políticos, especialmente os ocupantes de cargos parlamentares no Congresso. Esta é a tarefa de menor dificuldade, basta acenar-lhes com cargos no Executivo ou com facilidades na aprovação de emendas parlamentares de interesse individual. Não despreze os ex-presidentes, estes geralmente são "sábios" e sua palavra a favor do movimento pode servir como ótimo catalisador; 4) Escolha setores do Judiciário que partidariamente possam ser sensíveis à causa, em qualquer nível. Faça o esforço necessário para obter a simpatia de pelo menos um ministro da corte maior. Como fazer - Ainda na fase pré-eleitoral, antes mesmo de a campanha política começar, institua secretamente o CPMJ (Conluio Político-Midiático-Judiciário), e ponha na linha de frente o seu candidato. Se ele não vencer, poderá ser o candidato derrotado a prosseguir liderando o movimento, cujo objetivo será então derrubar o governo eleito. Durante a campanha ele fará pronunciamentos contra o candidato oposto. Por mais insignificantes e mentirosos que sejam, a mídia participante do Conluio fará grande alarde, destacando o pronunciamento e crucificando o oponente. Não esqueça de organizar o CPMJ nos meses que antecedem a eleição, ainda que haja esperança de vitória do seu candidato. Se a vitória não vier pelas urnas, logo no primeiro dia o agora candidato derrotado colocará em dúvida a lisura do processo e pedirá recontagem de votos. O movimento buscará desestabilizar o novo governo empossado, gerando um clima de insegurança. Os membros do Conluio atuarão ordenadamente na geração do caos nacional. Um grande jornal publicará manchetes espalhafatosas contra o Governo, e imediatamente os outros veículos repetirão o que foi publicado, ainda que seja uma deslavada mentira. Não importa a veracidade, importa a desestabilização do eleito. Enquanto isso, os políticos do Congresso se unem para votar contra todas as propostas do Governo. Alimente a mídia com fatos gerados pelo Conluio para fazer a cabeça da população em favor de um impeachment. A essa altura, a economia estará estagnada e o país dará sinais de gigante caído. Adicione pitadas frequentes de ações pirotécnicas provocadas pelo Judiciário aliado à causa. Ameace prender todos os políticos do Governo. Divulgue tudo que for possível contra a situação, ainda que sejam absolutamente ilegais. Para isso, busque o aval de um juiz qualquer simpático ao movimento. Em menos de ano e meio será possível ter o impeachment aprovado em uma ação parlamentar ardilosamente orquestrada. Dê posse ao vice, se ele for comprometido com as ideias liberais e o Estado Mínimo. Forme o ministério com membros dispostos a tratar dos interesses individuais do CPMJ, independente de serem eles comprometidos com a falta de caráter e honestidade. Implante medidas de arrocho econômico, vendendo a idéia de que o país está falido por culpa do governo deposto. Semeie o ódio. Não dê importância ao clamor popular, afinal, povo só é útil no dia das eleições e no dia de pagar impostos. Siga à risca a cartilha do liberalismo dos anos 90 do século passado Destrua as grandes empresas, aumente o desemprego, elimine ganhos sociais, leve a credibilidade externa a zero e impeça o crescimento. Em apenas seis meses de governo pós impeachment, o objetivo estará alcançado. O país se esfacela. Importante: não toque nos bancos privados e jamais tente reduzir seus lucros. Ao contrário, minimize tanto quanto possível os bancos estatais, fechando agências e demitindo em massa, para uma possível privatização.
Esta receita foi aplicada pela última vez em um país sul-americano, mas é desconhecido quem atuou como mestre-cuca. Fontes não confirmadas cogitam que tenham sido potências mundiais adeptas do liberalismo. Descontentes com o crescimento que o país alcançou na última década, agiram através do partido de oposição. Há rumores de que movimento semelhante esteja em curso na França. A conferir.
Democracia à inglesa e epistocracia Houve recentemente um plebiscito no Reino Unido para decidir se Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte permaneceriam na Comunidade Europeia, ou não. O povo decidiu que era o momento de deixar os demais europeus à própria sorte. Em vitória apertada, venceu quem deseja cair fora. mais
Quando Fernando Henrique instituiu a privataria – termo criado pelo jornalista Amaury Júnior, autor do livro “A privataria tucana”, para questionar as discutíveis privatizações do patrimônio público, – houve quem alertasse que os males daí advindos seriam um retrocesso ao país por, pelo menos, trinta anos. Isso porque, a entrega dos bens públicos à iniciativa privada retirava poder do Estado, transferindo-o aos empresários nacionais e internacionais. Partindo do pressuposto que o poder econômico se sobrepõe ao poder político, a afirmação parece ter sentido. O governo fica fragílizado ao se desfazer de seu patrimônio econômico. MAIS
Teorias jurídicas e o previsível amanhã O exercício da futurologia é tão escorregadio e traiçoeiro quanto têm sido certos vultos que ora perambulam em palácios Brasil afora. Prever é verbo enganoso, se não houver embasamento científico e lógica inquestionável. Mesmo assim, a lógica simplista e o dia-a-dia levam a imaginar o que virá por aí até 2018. Engana-se quem pensa que o PSDB vai continuar unido ao PMDB em favor da governabilidade e contra a corrupção. Na verdade, todos sabemos que nada disso houve durante a destituição de Dilma Rousseff. O objetivo dessa união sempre foi a tomada do poder e o aniquilamento do PT e seus líderes. Alcançado o objetivo maior, os interesses passam a divergir e, como tal, colocam em extremos opostos os dois partidos. É uma questão de tempo, de meses ou dias. MAIS.
O rugido das ruas ecoa forte. Na sexta-feira (10/06), mais de cem mil pessoas foram à Av. Paulista para protestar contra as ameaças de redução nos benefícios sociais alcançados durante os governos eleitos. Manifestações também ocorreram em todos os estados. O governo provisório enfrenta o protesto dos sem teto e sem emprego, bem como de milhares que não reconhecem legitimidade em um grupo que assumiu o comando do país por caminhos escusos. MAIS.
Proposta de medidas extraconstitucionais Considerando a soberania democrática e os anseios do Povo Brasileiro;
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