Um governo de ladrões, diz
"Coxinha" da Paulista sobre Temer
O impedimento de Fernando
Collor de Melo, em 1992, ficou na história como obra dos "caras
pintadas" que lotaram a Av. Paulista, em São Paulo. Sabe-se que não foi bem
assim, pois os enganados que lá compareceram foram apenas massa de manobra
nas mãos de oportunistas, do sistema econômico e da mídia comprometida.
Em 2016, o fato se repetiu
com a destituição de Dilma Rousseff pela ação dos "coxinhas" que lotaram a
mesma Paulista e promoveram panelaços Brasil afora. Como
da outra vez, serviram apenas como massa de manobra, e agora se voltam
contra o que defenderam ingenuamente.
Dani Schwery é exemplo
disso. Durante o movimento raivoso que resultou na retirada de Dilma, ela apoiou
movimentos pelo impeachment, foi às ruas e publicou vários
pronunciamentos em favor de um novo governo, contra o PT e seus membros.
O site
Brasil 247 a
entrevistou por esses dias, e eis que a então descontente com Dilma agora se
mostra insatisfeita com Temer. Perguntado se esse governo é de direita,
assim se manifestou:
"Olha, eu acho que os
métodos que eles usam são de esquerda... tomando as bases, movimentos, são
métodos da esquerda, mas o que eles são mesmo para mim é um nada com nada,
um bando de ladrões que se une para roubar. Agora ficou uma sinuca de bico.
A gente não sabe o que é pior... se o Temer não cair tem que aguentar ele
direto... não sei o que é pior, deixar esse homem lá ou não deixar".
Sobre a permanência de Temer
até 2018, falou:
"Eu falava pro pessoal que a
gente fica pê da vida que é assim por tudo estar tão quebrado do jeito que
tá que não tinha porque negar fogo. Já tá quebrado! 66 milhões de
desempregados! Aí o pessoal fala “ai que mentira, são 12”. Se fosse só 12 a
gente não ia estar na crise que está. Estão forjando informação... o IBGE
falou 66 milhões...eu não vejo porque não continuar na batida contra esse
homem, por mais que aguenta ou não, está tudo em frangalhos, que caia
matando, por que negar fogo? Quem nega fogo é vendido!"
Dani, que votou e pediu
votos para Aécio Neves, arrematou sobre o governo Temer:
"Um ridículo! Eu acho que ele não deveria ter sido empossado, deveria ter
caído junto com a Dilma".
Dani Schwery: "Temer é um
ridículo".
Não é só uma jovem "coxinha"
que mostra arrependimento. Um dos autores do pedido de impeachment
não pensa diferente.
Hélio Bicudo não tem pudor
para afirmar que Temer "foi
um vice decorativo e, agora, é um presidente decorativo. Não faz falta”.
O autodenominado maior
jornal do país, a Folha de S. Paulo, também já mostra insegurança com a
bobagem que fez. Em editorial do último domingo (27/11), critica seu
escolhido ao afirmar: "O
governo Michel Temer parece ter reunido a seu redor um amplo grupo de
tarimbados especialistas em fisiologia, desconversa, autoritarismo e
turpitude, orquestrando-se em harmonia com um Congresso que sobrenada a
custo em meio a investigações criminais sem data para terminar".
Na página A16 do mesmo
jornal, seu influente colunista Clovis Rossi pede a renúncia do presidente.
Em artigo intitulado "Temer, siga o exemplo de Geddel", Rossi pede a saída
daquele que ajudou a colocar em Brasília, afirmando que "O Presidente Michel
Temer deveria seguir os passos de Geddel Vieira Lima e se demitir".
É lamentável que os
arrependidos de hoje não tenham tido lucidez e inteligência suficientes para
perceber, no momento oportuno, que lutavam por causa desatinada em favor de
oportunistas corruptos e em nada diferentes dos que odiavam.
Foram, no mínimo, ingênuos e
imprudentes ou agiram de má-fé.
Receita para destruir um
pais
1)Tome um candidato
das eleições para a Presidência da República.
Não serve candidato de partido
nanico, há que se escolher, de preferência, o maior adversário do vencedor,
aquele que poderá agir com ferocidade acusatória durante a campanha eleitoral;
2) Convoque a mídia
subserviente e "imparcial" para participar de um movimento que vai lhe
render muito dinheiro. Não se preocupe com a imprensa menor e tampouco com
os órgãos simpáticos ao possível vencedor. Busque os maiores jornais, uma rede de
televisão que tenha alcance nacional e duas ou três revistas de ampla
penetração;
3) Sensibilize e arregimente
políticos, especialmente os ocupantes de cargos parlamentares no Congresso.
Esta é a tarefa de menor dificuldade, basta acenar-lhes com cargos no
Executivo ou com facilidades na aprovação de emendas parlamentares de
interesse individual. Não despreze os ex-presidentes, estes geralmente são
"sábios" e sua palavra a favor do movimento pode servir como ótimo
catalisador;
Democracia
à inglesa e epistocracia
Houve recentemente um
plebiscito no Reino Unido para decidir se Inglaterra, Escócia, País de Gales
e Irlanda do Norte permaneceriam na Comunidade Europeia, ou não.
O povo
decidiu que era o momento de deixar os demais europeus à própria sorte. Em vitória apertada, venceu
quem deseja cair fora.
mais
Fora, FMI
Quando
Fernando Henrique instituiu a privataria – termo criado pelo jornalista
Amaury Júnior, autor do livro “A privataria tucana”, para questionar as
discutíveis privatizações do patrimônio público,
– houve quem alertasse que
os males daí advindos seriam um retrocesso ao país por, pelo menos, trinta
anos. Isso porque, a entrega dos bens públicos à iniciativa privada retirava poder do Estado, transferindo-o aos empresários nacionais e
internacionais.
Partindo do pressuposto que o poder econômico se sobrepõe
ao poder político, a afirmação parece ter sentido.
O governo fica fragílizado ao
se desfazer de seu patrimônio econômico.
MAIS
Teorias jurídicas e o previsível amanhã
O exercício da futurologia é tão escorregadio
e traiçoeiro quanto têm sido certos vultos que ora perambulam em palácios
Brasil afora.
Prever é verbo enganoso, se não houver embasamento científico
e lógica inquestionável.
Mesmo assim, a lógica
simplista e o dia-a-dia levam a imaginar o que virá por aí até 2018.
Engana-se quem pensa que o PSDB vai continuar
unido ao PMDB em favor da governabilidade e contra a corrupção.
Na verdade,
todos sabemos que nada disso houve durante a destituição de Dilma Rousseff.
O objetivo dessa união sempre foi a tomada do poder e o aniquilamento do PT
e seus líderes.
Alcançado o objetivo maior, os interesses passam a divergir
e, como tal, colocam em extremos opostos os dois partidos.
É uma questão de
tempo, de meses ou dias.
MAIS.
Cabaré
Brasil
O rugido das ruas ecoa forte. Na sexta-feira
(10/06), mais de cem mil pessoas foram à Av.
Paulista para protestar contra
as ameaças de redução nos benefícios sociais alcançados durante os governos
eleitos. Manifestações também ocorreram em todos os estados.
O
governo provisório enfrenta o protesto dos sem teto e sem emprego, bem como
de milhares que não reconhecem legitimidade em um grupo que assumiu o
comando do país por
caminhos escusos.
MAIS.
Proposta
de medidas extraconstitucionais
Considerando a soberania
democrática e os anseios do Povo Brasileiro;
Considerando a gravidade da conjuntura
nacional e o absoluto
descrédito que atingiu a classe política brasileira;
Considerando o desvirtuamento de instituições públicas e privadas que têm
agido em desacordo com a ética e os bons costumes,
O Presidente do Congresso
Nacional, nos termos de Art, 49, Inciso XV, da Constituição Federal, convoca
um Plebiscito Nacional, a ser realizado
em 02 de Julho de 2016,
para aprovação de Medidas Extraconstitucionais, conforme cláusulas abaixo:
Índice Geral |