Dia Mundial da Água, há o que comemorar
Habitualmente, em 22 de março fala-se sobre os males que o homem
causa ao Planeta e sobre as ameaças que ele representa
aos recursos hídricos. Palestras, seminários e alertas são feitos em
favor da sustentabilidade, e muito pouco se concretiza como benefício
obtido, sem prejudicar a Natureza.
Mas duas
ações, ocorridas aqui mesmo no Brasil, trazem alguma esperança.
A
transposição de um rio
- Neste mês foi inaugurada oficialmente a primeira etapa da
Transposição do Rio São Francisco. O Eixo Leste, primeiro de dois
canais projetados – na verdade, um complexo de obras composto por
canais abertos, adutoras, aquedutos, túneis e represas – passa pelos
municípios pernambucanos de Floresta, Betânia, Custódia e Sertânia, e
ainda por Monteiro, na Paraíba. É água do São Francisco chegando ao
tão necessitado Nordeste Brasileiro.
Com 217
quilômetros de obras executadas, o Eixo Leste está concluído e permite
abastecer a cerca de 4,5 milhões de pessoas, em 168 municípios dos
estados de Pernambuco e Paraíba. A obra é composta por seis estações
de bombeamento, cinco aquedutos, um túnel, uma adutora e 12
reservatórios.
Em meio à
euforia do nordestino, habitante de uma região que pena há séculos com
a seca permanente e vê agora um sonho realizado, questões políticas e
de interesses setorizados tentam minimizar a grandiosidade da obra e
sua eficiência indiscutível. Mas, nada poderá retirar seu valor
humanitário e social. Foi um ato de coragem daqueles que decidiram
tirar do papel projetos já ventilados nos idos tempos do Império.
A
transposição do São Francisco é obra que fará história não só por sua
magnitude, mas principalmente pelo seu valor social.
A
despoluição de um rio
– Quando se fala em despoluição de cursos hídricos, logo salta o
exemplo do Rio Tâmisa, de Londres. Nele proliferavam cardumes de
salmão, expulsos pelo homem que poluiu suas águas a ponto de o rio ser
apelidado como o “Grande Fedor”. No entanto, ao longo de décadas,
ações governamentais e investimentos de porte fizeram com que o salmão
retornasse por volta de 1970. A despoluição do Tâmisa
foi um marco, uma vitória dos ingleses.
No
Brasil temos exemplo semelhante, ressalvadas as características de
cada caso. O Rio Jundiaí volta a ser o
habitat do jundiá, um peixe também expulso pela poluição. O jundiá é o bagre que deu nome ao rio.
Monitorado pelo Consórcio PCJ (Consórcio Intermunicipal das Bacias dos
Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí)
e usado por todos os municípios por ele percorridos, o Rio Jundiaí
atingiu elevado grau de poluição, a ponto de ser classificado como rio
Classe 4. Vale dizer, suas águas foram proibidas ao consumo humano.
E o jundiá
teve o mesmo destino do salmão.
Mas, num
exemplo ao país, ações de governos, mobilizações sociais e
participação da indústria levaram a um enorme esforço conjunto para
limpar o Jundiaí. Os trabalhos foram iniciadas em 1984 e hoje, para
orgulho e benefício da população do seu entorno, o Jundiaí já está reclassificado como um rio Classe 3,
e serve novamente para o consumo humano. Sem dúvidas, com a continuidade das ações
antipoluentes, o Jundiaí vai melhorar ainda mais sua qualidade.
Para
celebrar o feito, a partir
deste mês na cidade de São Paulo, está montado um
aquário repleto de jundiás. Por seis meses a população pode visitar o peixe que
retornou ao seu rio.
A transposição do São Francisco e a despoluição do Rio
Jundiaí são marcos históricos que trazem alento e credibilidade, num
Brasil que pode dar certo apesar dos solavancos ora vividos.
Basta
querer.
Publicado também no
AQUA.
Espelho Vivo é marca
registrada do grupo teatral criado e dirigido por Leci Rech
Para a jornalista e dramaturga Leci Rech, "A
pessoa não pode sair do teatro sem nada na cabeça". Com este
propósito, ela escreve peças, montou um grupo e dirige os ensaios até subir ao
palco para mostrar seu trabalho.
Espelho Vivo tem marca registrada
O Teatro Ruth Escobar é testemunha disso.
Lá
o Grupo apresentou peças como, "Tem coelhada no jantar", "O
macaco zebrado" e "Quem vê cara não vê furacão", entre outras que agradaram ao
público infantil e também aos adultos.
Um shopping sobre trilhos
Para comprar água engarrafada,
quinquilharias eletrônicas, pipoca, balas, chocolate, batata frita, capa
para celular, pen drive, porta-documentos e muito mais, não vá à Rua
Santa Efigênia ou a um super-mercado.
Tome o metrô ou um trem da
CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e desfrute da comodidade
de receber a oferta em suas mãos, literalmente.
Ironias à parte, os serviços
de transporte coletivo prestados pelo Metrô de São Paulo e pela CPTM virou um
comércio sobre trilhos, tal é a invasão de ambulantes que se espremem dentro
dos trens lotados, ofertando bebidas e bugigangas aos passageiros.
"Casadas à força nos EUA"
Com este título o jornal Folha de S. Paulo publicou,
no domingo (11/12), matéria surpreendente.
Em página inteira, com reforço intitulado
"Maioria das meninas se casa com adultos, diz ONG", o jornal publica foto de
Naila Amin, "forçada a se casar nos EUA aos 15 anos com um primo que batia
nela".
Manchete interna do jornal Folha de S. Paulo
Supremo servilismo
A manutenção de Renan Calheiros como
presidente do Senado, mas fora da linha de sucessão presidencial, é mais um
casuísmo inventado pelo STF.
Novamente a corte suprema fatia a
Constituição Federal e cria artifícios para atender interesses setorizados,
esquecendo que sua função maior é justamente ser o "Guardião da Carta
Magna".
Um governo de ladrões, diz
"Coxinha" da Paulista sobre Temer
O impedimento de Fernando
Collor de Melo, em 1992, ficou na história como obra dos "caras
pintadas" que lotaram a Av. Paulista, em São Paulo.
Sabe-se que não
foi bem assim, pois os enganados que lá compareceram foram apenas massa
de manobra
nas mãos de
oportunistas, do sistema econômico e da mídia comprometida.
Em 2016, o fato se repetiu
com a destituição de Dilma Rousseff pela ação dos "coxinhas" que lotaram a
mesma Paulista e promoveram panelaços Brasil afora.
Como
da outra vez, serviram apenas como massa de manobra, e agora se voltam
contra o que defenderam ingenuamente.
Dani
Schwery é exemplo disso.
Receita para destruir um
pais
1)Tome um candidato
derrotado nas últimas eleições para a Presidência da República.
Não serve candidato de partido
nanico, há que se escolher, de preferência, o maior adversário do vencedor,
aquele que agiu com ferocidade acusatória durante a campanha eleitoral;
2) Convoque a mídia
subserviente e "imparcial" para participar de um movimento que vai lhe
render muito dinheiro. Não se preocupe com a imprensa menor e tampouco com
os órgãos simpáticos ao vencedor. Busque os maiores jornais, uma rede de
televisão que tenha alcance nacional e duas ou três revistas de ampla
penetração;
3) Sensibilize e arregimente
políticos, especialmente os ocupantes de cargos parlamentares no Congresso.
Esta é a tarefa de menor dificuldade, basta acenar-lhes com cargos no
Executivo ou com facilidades na aprovação de emendas parlamentares de
interesse individual. Não despreze os ex-presidentes, estes geralmente são
"sábios" e sua palavra a favor do movimento pode servir como ótimo
catalisador;
Democracia
à inglesa e epistocracia
Houve recentemente um
plebiscito no Reino Unido para decidir se Inglaterra, Escócia, País de Gales
e Irlanda do Norte permaneceriam na Comunidade Europeia, ou não.
O povo
decidiu que era o momento de deixar os demais europeus à própria sorte. Em vitória apertada, venceu
quem deseja cair fora.
mais
Fora, FMI
Quando
Fernando Henrique instituiu a privataria – termo criado pelo jornalista
Amaury Júnior, autor do livro “A privataria tucana”, para questionar as
discutíveis privatizações do patrimônio público,
– houve quem alertasse que
os males daí advindos seriam um retrocesso ao país por, pelo menos, trinta
anos. Isso porque, a entrega dos bens públicos à iniciativa privada retirava poder do Estado, transferindo-o aos empresários nacionais e
internacionais.
Partindo do pressuposto que o poder econômico se sobrepõe
ao poder político, a afirmação parece ter sentido.
O governo fica fragílizado ao
se desfazer de seu patrimônio econômico.
MAIS
Índice Geral